O ministro da educação, Abraham Weintraub , disse nesta quinta-feira (26) que vai "atacar a zebra mais gorda" de professores universitários com salários entre R$ 15 mil e R$ 20 mil. A declaração foi dada durante o 21º Fórum Nacional de Educação Particular quanto ele respondia uma pergunta sobre a cobrança de mensalidades dos alunos. Para o ministro, cobrar seria uma "vitória de Pirro" e não resolveria o problema de orçamento da pasta.
"Tenho que ir atrás de outros ganhos mais importantes, da zebra mais gorda que é o professor que tem dedicação exclusiva de oito horas de aulas diárias e ganha de R$ 15 a R$ 20 mil por mês. São 300 mil professores. Faz essa conta", disse Weintraub.
Segundo o ministro, o Ministério da Educação tem uma extensa folha de pagamento de professores que cresce 8% ao ano acima da inflação. "Eu tenho que enfrentar esse exército. Entre outras coisas: doutrinação, metodologia de alfabetização totalmente errada, gastam-se fortunas em universidades enquanto o filho do pobre não vai pra pré-escola", afirmou.
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O titular da pasta ainda voltou a defender o modelo proposto pelo governo para o novo Fundeb , com ampliação de 10% para 15% do valor investido pela União. A proposta preliminar da relatora do tema na Câmara prevê que esse aporte federal chegue a 40%.
O ministro ainda citou o Future-se , programa que tem como objetivo fazer com que as próprias instituições captem seus recursos e que esse dinheiro seja adminstrado por organizações sociais.
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"A gente precisa passar o Future-se para eu ter espaço fiscal. Todo o esforço que a gente fez com a Reforma da Previdência vai para o ralo. Se vocês não se mobilizarem para que o estado tenha equilíbrio fiscal, o crescimento que está acontecendo não se materializará", disse.