Ministro da Educação, Abraham Weintraub
Claudio Reis / FramePhoto / Agência O Globo - 29.7.19
Ministro da Educação, Abraham Weintraub

O ministro da Educação Abraham Weintraub voltou a afirmar que as universidades públicas têm "balbúrdia" e que vai rever o repasse de recursos para essas instituições. Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo , o chefe da pasta informou que pretende alterar o regime de contratação de professores. 

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Em abril, ao anunciar o contingenciamento de recursos das universidades, Weintraub afirmou que os alvos seriam instituições que estivessem promovendo  "balbúrdia".  Questionado sobre a declaração, o ministro reafirmou a posição e chegou a dizer que alguns campi "têm cracolândia". 

"As universidades são caras e têm muito desperdício com coisas que não têm nada a ver com produção científica e educação. Têm a ver com politicagem, ideologização e balbúrdia . Vamos dar uma volta em alguns câmpus por aí? Tem cracolândia. Estamos em situação fiscal difícil e onde tiver balbúrdia vamos pra cima", afirmou. 

O ministro também voltou a defender o projeto Future-se , prevê que as instituições possam captar recursos da iniciativa privada e autoriza outras formas de financiamento. Ao apresentar o projeto, a pasta informou que o regime de contratação de professores continuaria o mesmo, por meio de concurso público. Durante a entrevista, no entanto, Weintraub afirmou que pretende alterar a questão. 

"As faculdades e universidades que aderirem ao Future-se vão ter de passar a contratar via CLT e não mais via concurso público, um funcionário público com regime jurídico único". De acordo com o ministro, novas contratações seriam feitas pelo regime CLT e, aos poucos, todas seriam trocadas. 

O Future-se foi apresentada pela pasta no dia 17 de julho, passou por consulta pública no último mês e deve ser enviado ao Congresso como projeto de lei em breve. Anunciado após o corte de recursos das universidades, o projeto causou polêmica e levantou críticas entre a oposição, reitores e professores. Ao menos 40 universidades também já se manifestaram contra a proposta.

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