Os profissionais da Educação das esferas municipal, estadual e federal fazem uma greve geral nesta terça-feira (13) com o objetivo de chamar a atenção das autoridades e da população para as reivindicações da categoria, como o reajuste salarial, a recomposição dos investimentos na área por parte do governo e a valorização dos servidores.
Leia também: Ministro da Educação diz que busca solução para Escola sem Partido
A greve deve atingir todos os Estados do Brasil e também o Distrito Federal. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, convocou as Forças Armadas para auxiliar a Força Nacional na proteção da Esplanada dos Ministérios, em Brasília. A intenção é evitar que grevistas e revoltados cheguem até o prédio do Ministério da Educação . Os protestos na capital federal começaram às 9h.
O principal objetivo dos grevistas é pressionar o governo federal e o ministro da Educação Abraham Weintraub a voltar atrás na decisão do contingenciamento de gastos com o setor, sobretudo nas universidades.
Leia também: Moro autoriza atuação da Força Nacional para conter protestos de estudantes
Segundo o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe-RJ), serão denuncias dos recentes cortes do Ministério da Educação ( MEC ) e a reforma da Previdência que, para o sindicato, ameaça a aposentadoria dos trabalhadores.
Em São Paulo, maior cidade do Brasil, os manifestantes pretendem iniciar os protestos no Largo da Batata às 15h e depois vão se dirigir até a Avenida Paulista. A Polícia Militar deve fazer cercos para impedir que os grevistas fechem as duas vias para carros.
Protestos no Rio de Janeiro
Haverá atividades em ruas e praças da capital fluminense e de diversos municípios, a partir das 15h, com aulas públicas, distribuição de panfletos e abaixo-assinados. Na cidade do Rio, a categoria pretende fazer um ato em frente à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), no Centro, na parte da tarde, e vai caminhar até a frente da Igreja da Candelária.
Leia também: Weintraub vê "indícios de sabotagem" no MEC e pede investigação da PF
"Sofremos diversos cortes na educação básica, cerca de R$ 350 milhões, e a reforma da Previdência nos ataca de uma forma geral. No estado, os professores estão há cinco anos sem reajuste, inclusive já apresentamos ao líder do governo na Alerj, deputado Marcio Pacheco (PSC), um plano para que o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) possa custear o salário, porque já temos uma perda de 34% nos vencimentos", comentou o coordenador geral do Sepe-RJ, Gustavo Miranda, segundo o qual o Fundeb não está sendo executado em sua totalidade.
A greve pela educação , porém, também ocorrerá nos demais Estados. No Nordeste, as principais concentrações serão em Salvador, em Maceió, no Recife e em Fortaleza Em todas as capitais nordestinas, as manifestações começaram cedo, por volta das 10h. Ao total, são esperadas mais de 5 milhões de pessoas em todo o Brasil.
Acompanhe ao vivo: