Ministro da Educação quer que livros didáticos neguem golpe militar de 1964 Por iG São Paulo | 03/04/2019 21:07:34 - Atualizada às 03/04/2019 21:07:34 Home iG › Último Segundo › Educação Ricardo Vélez Rodríguez defende que MEC altere livros didáticos para que alunos recebam a "verdadeira versão da história" sobre a ditadura militar Foto: Divulgação/MEC Ministro da Educação não aceita o golpe militar de 1964 A negação de que a queda de João Goulart para o início de um governo de militares em 1964 tenha sido um golpe de Estado deve atingir as escolas. Em entrevista ao jornal Valor Econômico nesta quarta-feira (3), o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, afirmou que serão feitas mudanças nos livros didáticos para “resgatar uma versão da história”. Leia também: Empresário diz que bancou vídeo sobre golpe de 64 divulgado pelo Planalto Segundo o ministro da Educação , é preciso que os alunos saibam toda a verdade que, segundo ele, passa pela negação de que a intervenção dos militares em 1964 tenha sido um golpe. "O papel do MEC é garantir a regular distribuição do livro didático e preparar o livro didático de forma tal que as crianças possam ter a ideia verídica, real, do que foi a sua história", disse Vélez Rodríguez. O ministro defende que as mudanças nos livros didáticos aconteçam de maneira progressiva, de uma forma que, ao longo do processo educacional, o aluno se atente ao período. “O que aconteceu no dia 31 de março de 1964 no Brasil foi uma decisão soberana da sociedade brasileira (...) , não houve ditadura, mas um regime democrático de força”, opinou. Leia também: Manifestantes contra e a favor do golpe entram em confronto em São Paulo Ricardo Vélez Rodríguez, assim, mostra que está alinhado ao discurso do presidente Jair Bolsonaro, que também afirma que o Brasil não viveu um golpe milita r, mas um “movimento”. O tema foi aflorado no domingo, depois que o Planalto divulgou em contas do WhatsApp um vídeo em que um homem pedia comemorações pelas ações de 1964. Leia também: Ala mais moderada do governo, militares celebram golpe de 1964 'em silêncio' Indicado por Olavo de Carvalho, filósofo que serve como uma espécie de “guru” de Bolsonaro, o ministro da Educação está cercado de polêmicas desde que assumiu o MEC. Entre elas destacam-se as 12 demissões nas secretarias da pasta em três meses de gestão. Link deste artigo: https://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2019-04-03/ministro-da-educacao-quer-que-livros-didaticos-neguem-golpe-militar-em-1964.html