Apenas oito dias depois de ter sido anunciada pelo ministro Ricardo Vélez Rodríguez como secretária-executiva do Ministério da Educação – um cargo que é considerado o número dois dentro do MEC –, Iolene Lima anunciou, nas redes sociais, que foi desligada do ministério. O anúncio foi feito na madrugada desta sexta-feira (22), pelo Twitter.
"Diante de um quadro bastante confuso na pasta, mesmo sem convite prévio, aceitei a nova função dentro do ministério. Novamente me coloquei à disposição para trabalhar em prol de melhorias para o setor. No entanto, hoje, após uma semana de espera, recebi a informação que não faço mais parte do grupo do MEC ”, escreveu Iolene Lima.
O desligamento acontece inclusive após a nomeação da 'número dois', que foi publicada recentemente no Diário Oficial da União. Porém, mesmo com as formalidades cumpridas, Iolene ainda não vinha exercendo a função e nem acompanhou o ministro em qualquer compromisso público.
Em sua publicação, Iolene ressalta que havia deixado o emprego para "servir ao País" e que foi pega de surpresa quanto à sua demissão.
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"Depois de cinco anos à frente da direção do colégio que ajudei a fundar, deixei meu emprego a fim de aceitar um convite para, junto com outros profissionais, servir ao meu país, colaborando para um ideal que acredito: um Brasil melhor por meio da educação", escreve. "Não sei o que dizem mas confio que Deus me guardará e guiará! Desejo ao governo do nosso Presidente Bolsonaro e ao Ministro Ricardo Vélez , o melhor!", declarou.
Vélez Rodríguez havia anunciado o nome de Iolene Lima
para o cargo de secretária-executiva da pasta também pelas redes sociais. Dias antes, ele havia confirmado o nome de Rubens Barreto da Silva para a posição, mas voltou atrás, agravando ainda mais a crise no MEC
.
Tal crise afeta diretamente o ministro, que vem sendo alvo de pressões para deixar o posto. A questão é que Rodríguez – que foi indicado para o cargo pelo guru do governo Bolsonaro, o escritor Olavo de Carvalho – se envolveu em muitas polêmicas.
A mais recente aconteceu em 25 de fevereiro, quando o ministério enviou uma carta às escolas de todo o País pedindo que as crianças fossem filmadas cantando o Hino Nacional. Quanto a esse assunto, o Ministério Público Federal (MPF) investiga se o ministro cometeu improbidade administrativa.
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Até a última terça-feira (12), o secretário-executivo, ou seja o número dois, do MEC era Luís Antônio Tozi. Ele foi demitido como último ato de uma "reestruturação" promovida pelo ministro Vélez. Tozi é ex-membro do Centro Paula Souza.