Se você está prestando o Enem 2018, é provável que você já tenha feito (ou pelo menos tentado fazer) o primeiro dia de prova que trouxeram questões de ciências humanas e linguagens, além da redação, mas não é por isso que chegou a hora de relaxar e correr o risco de cometer algum vacilo no segundo dia de provas que será realizado neste domingo (11) e trará questões de ciências da natureza e matemática.
Leia também: Aprenda em cinco passos como controlar a ansiedade antes e durante o Enem
Por isso é hora de rever o checklist do Enem 2018 e ver algumas dicas para estar melhor preparado para as provas desse domingo.
Confira as dicas para o Enem 2018
-
Separar os documentos necessários antes do dia da prova
Pior do que acontecer o documento no primeiro dia, é esquecer o documento no segundo dia de prova , portanto, é importante ficar ligado para não esquecer de levar a Carteira de Identidade original para que o candidato seja autorizado a fazer a prova.
Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) são considerados documentos de identificação válidos a cédula de identidade, a Carteira de Trabalho e Previdência Social, o Certificado de Reservista, o Passaporte e a Carteira Nacional de Habilitação com fotografia.
Não serão aceitos protocolos, Certidão de Nascimento, Certidão de Casamento, Título Eleitoral, Carteira Nacional de Habilitação em modelo anterior à Lei nº 9.503/97, Carteira de Estudante, crachás e identidade funcional de natureza privada, nem documentos ilegíveis, não identificáveis e/ou danificados, ou ainda, cópia de documentos ainda que autenticadas.
Caso o participante não esteja portando o RG no dia da prova por motivo de perda, extravio, furto ou roubo, deverá apresentar aos fiscais de sala um boletim de ocorrência, com validade de até 90 dias da data de realização das provas, e deverá se submeter à identificação especial, com coleta de dados e assinatura em um formulário próprio.
-
Verificar qual o melhor meio de transporte para chegar ao local de provas
Apesar do local de provas não mudar do primeiro dia de provas para o segundo e, ainda que o candidato já tenha feito o trajeto no primeiro final de semana, é importante conferir se, por conta de algum outro evento local, as opções de transporte para chegar ao local da prova ou das vias não estarão com algum tipo de obstrução ou limitação.
É importante também escolher o melhor trajeto, levando em consideração o tempo de acesso e qual o caminho que será percorrido, evitando grandes avenidas e áreas próximas a outros locais de prova ou de possíveis grandes aglomerações.
-
Certificar-se dos horários de ônibus e metrô
Ainda na questão do transporte, é bom checar os horários dos ônibus e metrôs já que aos domingos eles costumam ser diferenciados, com maior tempo de intervalo entre um e outro. Por isso, é importante que o participante se assegure de que o meio de transporte que ele escolher para chegar até o local da prova irá passar em um horário que possibilite a sua chegada com antecedência para garantir que ele não tenha problemas com atraso.
-
Não sair nos dias anteriores à aplicação da prova
Não é uma regra, mas o ideal é que o participante reserve o dia da prova e os dias anteriores para não prejudicar seu desempenho. São 5h para resolver as questões que podem exigir bastante esforço mental. Então, a orientação é deixar a balada, o bar, ou qualquer outro compromisso para depois e chegar para fazer o exame relaxado e descansado.
-
Conferir o fuso horário da cidade onde será realizada a prova
Parece uma observação simples, mas muitas pessoas acabam perdendo a prova por conta do atraso. Como o edital segue a hora oficial de Brasília, é importante que quem vive em locais que não seguem esse horário se certifiquem e façam os ajustes necessários para estarem dentro da sala da prova antes dos relógios brasilienses baterem 13h.
Os portões abrem às 12h no horário brasileiro de verão e fecham às 13h.
Isso significa que pelos horários locais, no Acre e nas cidades amazonenses de Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Boca do Acre, Eirunepé, Envira, Guajará, Ipixuna, Itamarati, Jutaí, Lábrea, Pauini, São Paulo de Olivença e Tabatinga, os portões fecham às 10h.
No restante do estado do Amazonas, em Rondônia e em Roraima, os portões fecham às 11h no horário local.
Já nos demais estados da região Norte, Amapá, Pará e Tocantins, no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul, e nos estados da região Nordeste, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia, os portões fecham às 12h locais.
No resto do Brasil (Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), o horário é o de verão e, portanto, os portões fecham às 13h.
-
Não esquecer a caneta preta
Para preencher o gabarito da prova é imprescindível que seja utilizada uma caneta esferográfica de tinta preta – outra cor de tinta impossibilita que o cartão de respostas seja lido pelo sistema. Mas não serve qualquer caneta: o objeto precisa ser fabricado em material transparente.
Deixe em casa o que é proibido: lápis , lapiseira, borrachas, livros, manuais, anotações, óculos escuro, boné, chapéu, gorro não são permitidos e, se forem levados, serão colocados em um porta-objetos com lacre, que deverá ficar embaixo da cadeira.
-
Ter cuidado com os lanches
Também é recomendável que os candidatos levem lanches já que o exame exige horas de concentração e estar mal-alimentado pode fazer com que o candidato tenha uma queda de desempenho.
Porém, é importante levar apenas alimentos leves (eles deverão estar em embalagens fechadas ou, se forem preparados em casa, devem estar em embalagens transparentes). Evite frituras, alimentos gordurosos ou que tomem muito tempo para serem ingeridos e digeridos. Frutas e bolachas são boas indicações.
-
Desligar o celular assim que chegar ao local da prova
As salas disponíveis para a realização do exame contarão com equipamentos detectores de metal, para identificar celulares, que são proibidos. Quem levar o aparelho deverá deixá-lo no porta-objetos. O uso do celular durante a prova leva à desclassificação do candidato.
Leia também: Simulados ajudam a treinar agilidade na reta final de preparação para o Enem
O Inep relembra ainda que os candidatos de duas localidades que não puderam fazer a prova de linguagens, ciências humanas e redação no último domingo (4) por falta de energia no local de provas deverão fazer as provas do segundo dia do Enem 2018 neste domingo (11) normalmente para garantir a pontuação completa já que apenas a primeira prova será reaplicada no sábado, dia 11 de dezembro.
Dicas para a prova do segundo dia do Enem 2018
Professores entrevistados pela Agência Brasil também deram dicas de como se sair bem no exame. Segundo eles, é importante não desistir, mesmo que não tenha ido muito bem no primeiro dia de prova.
“Não dá para abrir mão do segundo dia de prova de jeito nenhum”, disse a coordenadora pedagógica de ensino médio do Colégio Renascença, de São Paulo, Glaucimara Baraldi. “Não dá para considerar que o jogo terminou sem ter terminado de verdade. Não dá para prever qual o tamanho da chance [de ser aprovado em uma faculdade], por mais que não tenha ido bem no primeiro dia”.
Glaucimara orienta os estudantes a, no dia da prova, começarem pelas questões que têm mais facilidade, assim, sobrará mais tempo para as questões mais difíceis. Chutar, só em último caso. “Não deixe questões em branco. Em último caso, chutar, mas chutar usando algumas estratégias. Não é colocando tudo na B, por exemplo. É ler com atenção e descartar as alternativas mais absurdas”, aconselha.
Segundo a coordenadora, mesmo o segundo dia de exame exige interpretação. “Prestar bastante atenção pois o próprio enunciado da questão pode conter coisas para a resposta e até mesmo as próprias alternativas”.
Mesmo a pouco mais de 24h para o exame, o professor de matemática do Anglo Vestibulares, também de São Paulo, Thiago Dutra, diz que ainda dá tempo de estudar, com tranquilidade. “Sempre nessa reta final, a gente fala para os alunos darem olhada nos assuntos que apareceram nos últimos anos do Enem. Razão e proporção é disparado o que mais cai em matemática no Enem”, diz.
O estudo, no entanto, não pode ajudar a aumentar a ansiedade. Segundo Dutra, não é necessário resolver todas as questões. “Às vezes, só de olharem as resoluções das questões, que estão disponíveis na internet, já ajuda a associar ideias. O estudante consegue perceber padrão de raciocínio e esses padrões são prováveis de aparecerem na prova neste final de semana”.
Dutra aconselha os estudantes a relerem inclusive a primeira etapa do Enem, aplicada no último final de semana, quando os estudantes fizeram provas de linguagem, ciências humanas e redação. “Contextos criados nas questões de humanas podem ser aproveitados nas provas de exatas. O próprio tema da redação pode voltar a aparecer na prova de matemática”. O tema da redação deste ano foi “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet”.
A correção do Enem é feita usando a metodologia da Teoria de Resposta ao Item (TRI), em que o valor de cada questão varia conforme o percentual de acertos e erros dos estudantes naquele item.
Dessa forma, um item em que grande número dos candidatos acertou a resposta será considerado fácil e, por essa razão, valerá menos pontos. Já o estudante que acertar uma questão com alto índice de erros ganhará mais pontos por aquele item.
O sistema de correção permite ainda detectar chutes, uma vez que cada item não tem uma pontuação fixa. Explicando de forma simplificada, se um candidato acertou apenas questões fáceis e uma difícil, ele ganhará menos pontos pela questão difícil do que outro candidato que acertou mais questões de maior dificuldade.
No último domingo, 4,1 milhões de estudantes fizeram o exame, registrando-se o menor percentual de faltosos desde 2009 - 24,9% do total de 5,5 milhões de inscritos. Foram aplicadas provas de linguagem, ciências humanas e redação.
Leia também: Fez a primeira prova do Enem? Veja dicas do que fazer no 'intervalo' até domingo
A nota do Enem 2018 poderá ser usada para concorrer a vagas no ensino superior público pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), a bolsas em instituições privadas, pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e para participar do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
*Com informações da Agência Brasil