Num passe de mágica, uma professora da rede estadual de São Paulo conseguiu superar um dos maiores desafios enfrentados em salas de aula Brasil afora: ela passou a fascinar e a receber a atenção de seus alunos, mesmo lecionando uma disciplina considerada difícil para a maioria – a tão temida matemática.
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E quando dizemos que isso se deu em um "passe de mágica", não trata-se apenas de força de expressão. A professora Leila Graziela de Mendonça e Castro, que leciona na Escola Estadual Professor Djalma Octaviano, de Campinas, realmente decidiu levar os truques de mágica e ilusionismo para implementar suas aulas de matemática para alunos do ensino médio.
A ideia surgiu após Leila fazer uma especialização em Portugal e a mudança tem sido motivo de elogios pela direção da escola. Entre as situações de aprendizado propostas estão, por exemplo, estão truques de cartas com o sistema de numeração binária ou critérios de visibilidade a partir de um número.
“A ideia é que possamos sempre estimular a curiosidade com os alunos. Matemática não é difícil e pode ser divertida”, comentou a professora Leila em entrevista à Secretaria Estadual da Educação de SP.
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Média de notas dos alunos melhorou
De acordo com o o diretor Juvenil da escola, Alves do Nascimento, o projeto de Leila é um dos motivos pelos quais o colégio tem garantido bons índices em avaliações externas.
A escola, que faz parte do Programa Ensino Integral da Secretaria desde o ano de 2014, conquistou um robusto avanço no Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo).
Em 2013, o índice era de 1,17 e, no ano passado, subiu para 4,75. A média já está próxima à de 5, meta estipulada pelo Estado de São Paulo para o Ensino Médio para o ano de 2030.
Até o ano passado, o “circo matemática” era uma disciplina eletiva, que faz parte da área diversificada e era escolhido pelos estudantes com encontros uma vez por semana. No ano letivo de 2017, no entanto, a professora está inserindo as atividades circenses dentro das aulas da disciplina. As “apresentações” e orientações aos estudantes acontecerão à medida que o currículo previsto para o ano for desenvolvido.
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