Presidente Lula defenderá seu legado na economia
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Presidente Lula defenderá seu legado na economia


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciou um esforço grande para recuperar a "autoestima" dos ministros Fernando Haddad (PT-SP), da Fazenda, e Simone Tebet (MDB-MS), do Planejamento, após a forte pressão sobre a área econômica do governo.

Lula se reuniu com ambos no começo da semana, escutou o diagnóstico apresentado e solicitou um planejamento para acelerar o corte de subsídios para alguns setores, o que Haddad chama de "benefícios fiscais", que somam cerca de R$ 523,7 bilhões ao ano, aproximadamente 4,5% do PIB.

"Atacar o desperdício tributário é essencial para reequilibrar as contas, para não recair o ajuste sobre os ombros dos pobres. Não podemos repetir esse erro. Quanto sacrifício foi feito nos últimos anos que significou um empobrecimento da população que mais precisa de atenção. Vamos, sim, reequilibrar as contas, mas mirando o desperdício. Eu diria sem sombra de dúvidas que o gasto tributário talvez seja o maior desperdício, pois é o mais opaco dos gastos", afirmou Haddad em coletiva de imprensa.

Enquanto o projeto não é apresentado, Lula decidiu defender o legado de seu governo e utilizou a última terça-feira (18) para falar sobre a economia brasileira. O presidente declarou que o Brasil será a "sexta economia do mundo", mencionando que o "PIB cresceu 2,5% nos últimos 12 meses, contrariando expectativas pessimistas".

Ele ressaltou que sua gestão "está arrumando a casa" e "colocando as contas públicas em ordem para assegurar" o equilíbrio fiscal, sem "sacrificar os mais pobres".


Lula preocupado com o Copom

Lula também criticou Campos Neto, presidente do Banco Central, às vésperas da reunião do Copom. O mercado prevê a possibilidade de que os conselheiros não reduzam novamente a taxa Selic, enquanto o governo espera uma redução de pelo menos 0,25%. Na terça-feira, o Ibovespa subiu, enquanto o dólar fechou a R$ 5,43.

Nos próximos dias, Lula seguirá focado na economia, pois sua intenção é servir de escudo a Haddad e Tebet enquanto ambos desenvolvem o plano de corte de gastos.

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