Jair Bolsonaro
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Jair Bolsonaro


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) tem sido aconselhado por sua equipe jurídica a adotar uma postura pública enfática em relação à sua posição contrária à vacinação e à sua defesa diante do processo judicial em curso.

Segundo informações da coluna Panorama, do Portal iG – Último Segundo, Bolsonaro foi instruído a afirmar que sempre defendeu o direito de cada indivíduo escolher se deve ou não se vacinar, acrescentando que optou por não tomar a vacina.

Além disso, os advogados do ex-presidente recomendaram que ele utilize a tese de que estava exercendo o cargo de presidente quando viajou aos Estados Unidos, argumentando que não era necessário apresentar nenhum certificado de vacinação para a viagem.

Outra orientação recebida por Bolsonaro é a de afirmar que seus advogados não tiveram acesso adequado ao processo em questão, impossibilitando um aprofundamento no tema. Nesse sentido, Bolsonaro foi aconselhado a acusar o Supremo Tribunal Federal e a Polícia Federal de perseguição política contra ele, alimentando a narrativa de que estaria sendo alvo de uma injustiça judicial.

A estratégia de defesa também inclui a acusação de que o atual governo federal pratica perseguição política contra seus opositores, apesar disso, Bolsonaro expressou confiança em conseguir apoio e conquistar um grande número de prefeitos e vereadores em diversas cidades do país. O objetivo por trás desse discurso é manter a base fiel do bolsonarismo mobilizada e engajada.

Além disso, aliados políticos do ex-presidente começarão a pressionar publicamente por apoio, exigindo que aqueles que desejam o respaldo de Bolsonaro se posicionem de forma clara em sua defesa.

A maior pressão será direcionada a Ricardo Nunes (MDB-SP), prefeito de São Paulo, que é acusado por bolsonaristas mais radicais de não defender com vigor as pautas do bolsonarismo.


O caso

Bolsonaro, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) e mais 14 pessoas foram indiciados pela Polícia Federal no caso que apura a falsificação de cartões de vacinação contra a Covid-19.

Segundo os investigadores, um  grupo de pessoas ligadas a Bolsonaro incluiu informações falsas em um sistema do Ministério da Saúde para beneficiar o ex-presidente, parentes e seus auxiliares.

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