O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está preocupado com o impacto negativo que o comportamento intempestivo do pastor Silas Malafaia pode causar. Os dois estarão juntos no próximo domingo (25) em uma manifestação em apoio ao político, e o receio é que o líder evangélico exceda os limites em seu discurso no palco.
Conforme apurado pelo Último Segundo, a decisão de realizar a manifestação partiu de Bolsonaro, mas a ideia foi sugerida por Malafaia como resposta à operação da Polícia Federal, que resultou na prisão de militares e civis, além da apreensão do passaporte do ex-presidente.
Sem consultar seus aliados, o líder da oposição gravou um vídeo convocando seus seguidores a comparecerem à Avenida Paulista para o ato. Posteriormente, pessoas próximas a Bolsonaro alertaram-no sobre os possíveis riscos de se associar a Malafaia em um evento de tal magnitude.
O pastor evangélico é conhecido por seu estilo impulsivo e pela forma contundente de suas declarações, frequentemente acusando adversários políticos e religiosos de atos que podem ser interpretados como ofensivos. Diante disso, Bolsonaro decidiu amenizar o tom em suas postagens sobre o assunto.
Recentemente, o Último Segundo revelou que a Polícia Federal irá monitorar as manifestações, e qualquer ato contrário à ordem democrática será incluído no inquérito das fake news, com os responsáveis sendo investigados. Isso aumentou o temor de Bolsonaro em relação ao possível discurso de Malafaia no evento.
Bolsonaro já instruiu seus apoiadores a não levarem cartazes e a não realizarem protestos contra qualquer pessoa. Essa foi uma maneira de negar qualquer incitação contra membros do STF (Supremo Tribunal Federal), da PF ou mesmo contra o governo do presidente Lula (PT).
Apesar disso, o presidente já comunicou a pessoas próximas que está ciente do tom que Malafaia adotará e tem certeza de que o pastor fará duras críticas a Alexandre de Moraes. As consequências, entretanto, só serão avaliadas após a manifestação e de acordo com o conteúdo das palavras utilizadas.