O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) armou um plano com seu grupo político para responder uma possível decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de torná-lo inelegível. O capitão da reserva argumentará que é vítima de uma “perseguição” e acusará ministros da Corte de serem ligados à esquerda.
Faltando poucos dias para o julgamento, o ex-chefe do Executivo federal adotou um tom “moderado”. Também ordenou que auxiliares e aliados procurassem membros do poder judiciário para avisar que teria um comportamento diferente no futuro. Porém, na avaliação da sua equipe, o plano não obteve efeito.
Uma das explicações dadas por um dos seus aliados é que ministros do TSE e também do STF não acreditam em Bolsonaro. O argumento usado pelos magistrados é que deram outras oportunidades ao ex-presidente, mas que ele sempre optou por radicalizar. Desta vez, a promessa é que a Corte Eleitoral siga à risca a lei.
Com pouca expectativa de se livrar da condenação, o capitão da reserva prometeu ser atuante nas eleições de 2024. O PL prometeu que o fará o grande protagonista da corrida eleitoral, então seu objetivo é continuar viajando por várias cidades e debatendo os assuntos que ele considerar importantes.
Bolsonaro também passará a acusar ministros do TSE de serem ligados à esquerda. A ideia é se fazer de vítima e passar a imagem de que sofre perseguição do poder judiciário.
O foco é movimentar seus eleitores para defendê-lo nas redes sociais e, consequentemente, votar nos candidatos que ele apoiar em 2024.
O PL vai ajudá-lo a propagar o discurso. Já há conversas para que, caso ocorra à condenação, o partido use seu espaço na TV e no rádio para defender Bolsonaro e tratá-lo como uma vítima do sistema.
Bolsonaro vai recorrer
A equipe de Bolsonaro o aconselhou a recorrer da decisão do TSE, caso ela seja negativa a ele. A ideia é criar uma guerra jurídica e mostrar aos bolsonaristas que seu principal líder seguirá lutando para estar nas eleições de 2026.
Não é descartada hipótese dele recorrer a Corte Internacional, conforme revelou o colunista Paulo Cappelli e confirmado pela coluna Panorama, do Portal iG – Último Segundo.
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