O vice-líder do governo na Câmara, Rogério Corrêa (PT), disse que vai pedir a quebra de sigilo bancário da empresa americana de equipamentos militares Combat Armor através da CPMI dos Atos Golpistas.
Corrêa questionou o ex-superintendente da PRF se ele se encontrou com os diretores da empresa em Indaiatuba e também se ele chegou a ocupar um cargo na presidência da Combat Armor no Brasil.
Silvinei Vasques respondeu, durante seu depoimento, que se encontrou com os representantes da empresa em Indaiatuba e chegou a se candidatar a uma vaga de trabalho, mas que ainda está em processo seletivo e que distribuiu currículo também para outras empresas, além da Combat Armor.
O Ministério Público Federal está conduzindo uma investigação sobre a aquisição de veículos blindados pela Polícia Rodoviária Federal. O valor total dos investimentos pode ultrapassar os R$ 100 milhões, sendo que alguns desses veículos nunca foram utilizados
"Ainda estou disponível para trabalhar", respondeu Vasques, acrescentando que desconhece o print apresentado durante a audiência, ao qual apresentava Vasques como vice-presidente da Combat Armor no Brasil.
"Estive lá em Indaiatuba e aquilo ali eu não conheço quem fez aquele material. Eu tô inclusive com esse processo ainda, procurando [emprego] e se lá me chamar eu não vejo nenhuma problema, eu estou à disposição para trabalhar", disse Vasques.
Investigação do MP sobre a aquisição dos blindados
O Ministério Público Federal está conduzindo uma investigação sobre a aquisição de veículos blindados pela Polícia Rodoviária Federal. O valor total dos investimentos pode ultrapassar os R$ 100 milhões. Alguns desses veículos nunca foram utilizados, segundo denúncia.
- A Combat tem sede nos EUA e pertence a Daniel Beck, apoiador do ex-presidente Donald Trump. Ele esteve em Washington durante a invasão ao Capitólio
A empresa foi responsável pela venda da maioria dos veículos blindados para a Polícia Rodoviária Federal, e em 2022, realizou uma apresentação de um desses veículos na sede da PRF em Santa Catarina.
O então diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, e o ministro da Justiça na época, Anderson Torres, estiveram presentes nessa cerimônia. Ambos chegaram ao evento a bordo de um veículo blindado fornecido pela Combat Armor.
Silvinei Vasques é mencionado como responsável pela aprovação dos contratos com a Combat Armor durante o período em que atuava como superintendente regional da PRF no Rio de Janeiro.
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