Lula ao lado de Arthur Lira
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Lula ao lado de Arthur Lira


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escutou atentamente as reivindicações do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), eprometeu ser mais participativo nas negociações que ocorrem em Brasília.Porém, o petista chegou a ironizar o deputado federal ao escutar que o Congresso Nacional é “conservador”.

Durante o bate-papo, Lira reclamou da falta de articulação dos ministros e jogou indiretas para Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Rui Costa (Casa Civil). Também repetiu inúmeras vezes que o país escolheu uma Câmara e Senado “conservador” e “liberal”.

Em um momento da conversa, o presidente da Câmara foi interrompido por Lula. O presidente da República concordou que o Congresso era “conservador” e “liberal”, mas que o Palácio do Planalto agora é “progressista” e “desenvolvimentista”, porque “mais de 60 milhões escolheram esse tipo de projeto”.

O chefe do Executivo federal ainda ironizou o fato da maioria dos deputados ser liberal, no entanto, reclamar de não ser chamado para participar de eventos do governo e exigir emendas para que sejam feitas obras públicas nos redutos eleitorais de cada parlamentar.

“Contraditório, não é?”, chegou a questionar Lula, que reafirmou que sua relação com o Congresso será de diálogo, porém, não aceitará chantagens e que sabe jogar porque foi presidente da República em duas oportunidades, foi presidente do PT e deputado federal.

Lula e a reforma ministerial

O presidente da República pode fazer mudanças pontuais nos seus ministérios. Há grandes chances de Daniela Carneiro (Turismo) e Juscelino Filho (Comunicação) serem exonerados para que o União Brasil indique outros dois nomes que representem a bancada da sigla.

O petista também determinou a liberação de emendas e as nomeações para cargos de segundo e terceiro escalão para aliados do governo.

Porém, Lula informou que não pretende abrir mão de ministérios que ele considera que precisam estar sob seu “guarda-chuva”.

Ele relatou que os ministérios da Fazenda, Planejamento, Meio Ambiente, Saúde e Educação são prioridades da sua gestão, por isso que só mexerá se for numa enorme necessidade.

O presidente da República quer ter uma boa relação com o Congresso Nacional, mas sinalizou que não aceitará ser “subserviente”.


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