Thainara Faria denunciou casos de racismo na Alesp
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Thainara Faria denunciou casos de racismo na Alesp

Os casos de racismo registrados na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) assustaram os deputados, principalmente o presidente da Casa, André do Prado (PL). Nos últimos dias, André tem se movimentado, junto da oposição, para segurar os casos de racismo estrutural.

Na última semana, a deputada Thainara Faria (PT) disse ter sido vítima de, pelo menos, dez casos de racismo desde o dia da posse dos parlamentares, no último dia 15 de março. O mais recente teria acontecido durante uma sessão plenária, em que uma funcionária teria recusado a assinatura do livro de presença à deputada.

Segundo fontes ouvidas pela coluna, André do Prado quer implementar um sistema digital de presença dos parlamentares. O tema já é discutido nos bastidores.

A ideia é que os deputados usem digitais para confirmar as presenças em plenário. Reuniões devem ser feitas ainda nesta semana e a oficialização deve acontecer até a segunda quinzena de abril.

Parte dos parlamentares ouvidos pela coluna comemoraram a ideia e disseram que será importante para a agilidade das presenças. Outros acreditam que não mudará nada e afirmam ter outras alternativas para evitar os casos de racismo estrutural.

Ao comentar sobre o caso, um deputado da oposição afirmou acreditar que a ação da servidora tenha sido proposital, mas é parte do racismo estrutural que vive o país. Entretanto, o parlamentar defendeu uma "educação especial" aos servidores para evitar novos casos.

Outro parlamentar, dessa vez da base de Tarcísio de Freitas, disse não acreditar que a medida resolverá o problema do racismo estrutural. Ele minimizou o caso e culpou a parlamentar por não estar com o botton que identifica os deputados na roupa.

Ações antirracismo

Parlamentares da oposição conversam com André do Prado para criar um grupo para conscientizar servidores, deputados e assessores sobre o racismo estrutural. A proposta foi bem recebida pelo presidente da Alesp e deve ser discutida na próxima semana.

A ideia é apontar ações, gestos e falas que podem ser caracterizadas como racismo. Embora seja discutida, ainda não há data para a implantação do grupo.

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