O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não gostou nem um pouco da cobrança feita por Luciano Bivar , presidente nacional do União Brasil , para que o partido receba mais cargos no governo federal. O petista pediu para seus auxiliares enviarem um duro recado para os dirigentes do UB.
No começo da semana, o deputado federal afirmou que quanto mais cargo tiver o União Brasil, maior será o apoio para a União. “O PT é feito por pessoas inteligentes, que sabem que para fazer política é necessário ter espaços. Quanto mais espaços tivermos, melhores ferramentas podemos oferecer e mais apoios poderemos garantir”, afirmou Bivar.
A declaração caiu muito mal dentro do PT. Dirigentes petistas não gostaram nem um pouco do comportamento do Luciano. O próprio Lula criticou a frase para auxiliares e pediu para que eles avisassem os parlamentares do União Brasil que não aceitará chantagens.
Além disso, o presidente da República conversou com os ministros Juscelino Filho (Comunicações), Waldez Góes (Integração Nacional) e Daniela do Waguinho (Turismo), que são filiados ao União Brasil, e pediu que os três trabalhem internamente para que a legenda siga apoiando o governo federal sem chantagens.
Randolfe Rodrigues se envolveu no assunto
Randolfe Rodrigues também se envolveu no assunto e colocou Bivar contra a parede publicamente. “No primeiro flerte, o governo já chamou o União para o casamento. A gente espera de todos os partidos que estão com ministérios no governo, o apoio de todos os parlamentares. Senão, a régua descompassa. Como cobraremos de um e de outro não? O PSD e do MDB, no Senado, terão entre 80 e 90% dos votos conosco (governo)”, enquadrou o senador.
O parlamentar informou que Lula não vai ceder mais cargos para o União Brasil neste momento. Ele explicou que o assunto só será discutido novamente se a legenda fechar uma federação com o PP, sigla comandada por Arthur Lira, e Avante.
“Eles (o União) precisam resolver a fusão com o PP e Avante. O compromisso é que seguirão no governo, mas teremos que ver esta nova realidade, avaliar como fica o quadro diante desta bancada. Antes da fusão ocorrer é impossível travarmos qualquer conversa. A relação deve ser sempre de mão dupla”, completou.
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