Jair Bolsonaro e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres
Reprodução - 05/07/2022
Jair Bolsonaro e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) estuda a possibilidade de fazer uma live para defender o ex-ministro da Justiça Anderson Torres . O capitão da reserva ficou preocupado com o silêncio adotado pelo seu antigo subordinado e quer demonstrar apoio. Ele tem conversado com aliados próximos para encontrar caminhos que não deem margem para o Supremo Tribunal Federal acusá-lo de apoiar o ato terrorista de 8 de janeiro.

Bolsonaro recebeu informações que Torres estava fragilizado e poderia fazer delação premiada, o que o deixou muito temeroso. O ex-presidente soube também que o ex-ministro está se sentindo isolado e abandonado pelos bolsonaristas. Foi então que surgiu a ideia de fazer uma defesa pública por parte do antigo mandatário do país.

A sugestão de fazer uma live partiu do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos). O filho número 02 tem dito ao pai que uma das maneiras dele manter a base de apoiadores é se comunicando pelas redes sociais e as transmissões ao vivo sempre fizeram sucesso nas redes sociais.

Bolsonaro gostou da ideia do filho e apresentou a sugestão para outros aliados para saber se era um bom caminho a seguir. Alguns concordaram desde que o ex-presidente siga à risca o discurso que adotará para falar com os seus eleitores. O objetivo é demonstrar apoio a Torres e não irritar os ministros do Supremo.

Já outra parte dos aliados quer que o ex-presidente faça um vídeo gravado e compartilhe em grupos de WhatsApp para que o conteúdo “vaze” para a imprensa. Seria uma forma de evitar que o capitão da reserva fuja do script e se prejudique ainda mais com a justiça brasileira.

Bolsonaro irritado com Torres

Mesmo planejando demonstrar apoio a Torres, Bolsonaro admitiu que está irritado com o ex-ministro . Ele não engoliu muito bem o fato da Polícia Federal ter encontrado a minuta do golpe na residência de Anderson. “Tinha que ter jogado fora”, falou o ex-governante para interlocutores.

O ex-presidente tinha como intenção voltar ao Brasil em março, só que agora ele avisou que retornará em outro mês. Ele não acredita que o caso de Torres irá se solucionar tão brevemente e teme que seja delatado pelo ex-ministro, levando-o para prisão no momento em que estiver em solo brasileiro.

Bolsonaro tem dito para aliados que a justiça quer pegá-lo de qualquer jeito e repete insistentemente que é vítima de perseguição. Por conta disso, acredita que seu ex-funcionário não terá nenhum problema em acusá-lo de ter participado da organização dos atos antidemocráticos.

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