A CPI da Covid montou um núcleo de investigação para analisar supostas irregularidades em hospitais federais do Rio de Janeiro, a partir de denúncias feitas pelo ex-governador Wilson Witzel . Agentes da Polícia Federal e consultores vão à fundo na tentativa de esclarecer realmente como se deram as indicações "políticas" e os contratos de compra assinados durante os últimos três anos.
A REAÇÃO
A reação do senador Flávio Bolsonaro foi imediata. Segundo amigos, ele estaria revoltado com o que virou a CPI. "Ele tem dito que a Comissão não está investigando de verdade e tem abusado e violado direitos individuais. Têm acontecido quebras de sigilo que são tecnicamente duvidosas. E alguns parlamentares também têm ultrapassado os limites com alguns depoentes. A CPI precisa respeitar os limites legais até para não ter seus atos invalidados na Justiça, mas precisa respeitar esses limites principalmente para não ofender a nossa democracia", contou uma fonte da coluna.
Em nota oficial, o senador disse que "a CPI caminha para mais uma narrativa fantasiosa e, como de costume, vai servir de ferramenta para as ambições político-eleitorais do relator. Eu não tenho qualquer relação com o funcionamento ou com nomeações em hospitais. Essa função cabe apenas à superintendência da Saúde no Rio de Janeiro. Fica cada vez mais patente que Renan Calheiros está obcecado e tem gastado o tempo e os recursos da CPI para perseguir a mim e ao presidente Jair Bolsonaro".
Paes se joga no PSD
O prefeito Eduardo Paes resolveu arregaçar as mangas e ajudar o seu novo partido, o PSD. Quem trabalha com ele diz que o número 1 está motivado. E suas energias têm sido no sentido de ajudar o partido de Gilberto Kassab a eleger entre seis e dez nomes do Rio de Janeiro para a Câmara. Hoje, a sigla tem apenas três deputados fluminenses: Hugo Leal, Pedro Augusto e Flordelis, suspensa da legenda durante seu processo de cassação.
Gestão orçamentária do Rio
O Instituto Brasileiro de Compliance (IBC) entrou com pedido junto ao Tribunal de Contas do Munícipio do Rio (TCMRJ) para ingressar como entidade de apoio da corte de contas na denúncia feita pela Associação das Empresas de Engenharia do Rio (AEERJ) contra a Prefeitura do Rio Janeiro. A ação aponta irregularidades na gestão orçamentária municipal como o cancelamento automático de restos a pagar e a postergação de reconhecimentos de despesas de exercícios anteriores. A Prefeitura discorda.