É raro, em conversas sobre as eleições à prefeitura de São Paulo, que alguém que conheça Marina Helena, sua trajetória e propostas, não a considere a melhor candidata para liderar a cidade. Mas essas mesmas pessoas dizem ”que ela não tem chance” e, assim, justificam seu voto em outro(a) candidato. Elas não poderiam estar mais equivocadas.
Existe um senso comum de que o voto para o candidato que não irá ao segundo turno, é uma espécie de desperdício. Então, no lugar de uma eleição pautada por convicções, temos cidadãos que ficam atentos às pesquisas e, para 'não perder' seu voto, focam no candidato 'menos pior' entre os dois com maior chance de passar para a próxima etapa, ignorando aqueles cujas propostas e currículos têm maior afinidade.
Esse fenômeno pode ser explicado pelo efeito manada ou por conceitos da Teoria dos Jogos, em que os eleitores, ao observarem as pesquisas eleitorais, tendem a concentrar seus votos nos dois candidatos que aparecem com maiores chances de passar para o segundo turno. Essa dinâmica cria uma espécie de profecia autorrealizável: ao acreditarem que apenas esses dois candidatos têm chances reais, os eleitores acabam contribuindo para a consolidação desse cenário, mesmo que, no início das pesquisas, o número de indecisos seja suficientemente grande para possibilitar a vitória de qualquer outro candidato.
A lógica do "voto útil" prevalece, pois os eleitores, agindo de forma individual e “racional”, acreditam que seu voto não deve "ser desperdiçado" em um candidato com poucas chances. Isso cria um ciclo de indução coletiva, perpetuando um sistema que eles mesmos gostariam de evitar: o favorecimento de candidatos “menos piores”, que não necessariamente representam suas preferências. Para quebrar esse ciclo, é necessário reverter essa mentalidade coletiva, que muitas vezes coloca no poder líderes que não são desejados pela maioria. Isso simplesmente porque o primeiro grupo de eleitores, talvez os mais extremos ou que menos ponderam, decidiu que esses candidatos são os preferidos.
Agora considere os próximos cenários, no primeiro, Marina Helena perde com 12% dos votos. Nunes e Boulos vão para o segundo turno. Para Nunes vencer, o apoio de Marina pode ser importante, e aqui começa a negociação política. O que o Partido Novo receberia em troca do apoio da candidata e do partido? Alternativas poderiam ser, por exemplo, instalar a Lava Jato Paulistana, armar os policiais ou privatizar a gestão dos colégios públicos. Em outras palavras, mesmo que Marina perca, ela ainda poderia sair ganhando - e você também. Por outro lado, se ela tiver apenas 1%, seu poder de barganha é nulo, e Nunes precisará negociar com outro candidato talvez mais afastado das visões dele e da sua.
Agora imagine que, para sustentar uma maioria na Câmara dos vereadores, Nunes irá depender de partidos de esquerda ou até de extrema esquerda. Aqui, caso você tenha apoiado Nunes ou Marçal no primeiro turno, possivelmente “ganhou, perdendo”. Ou seja, qualquer que seja o vencedor de centro ou direita (se vencerem), o governo terá que adotar políticas de esquerda para sustentar sua coalizão na Câmara ou abrir mão da sua agenda de centro-direita.
Outro ponto que é frequentemente esquecido é o impacto da candidata em futuras eleições. Marina, como qualquer outro candidato, está construindo uma carreira política. Não vão se iludir em perder esta ou aquela eleição. Lula perdeu 3 eleições antes de ganhar sua primeira, mas a cada derrota ele alcançava avanços eleitorais e fortalecia sua marca. Isso acontece em outras democracias no mundo, em diferentes tempos, e votar em Marina hoje aumenta a chance de que, no futuro, ela seja eleita deputada federal, senadora ou até governadora, e isso por si só já é importante o suficiente.
Também existe um efeito de oferta e demanda que é ignorado. Marina representa a direita não religiosa no país, aquela que acredita em um estado laico. Ao votar nela, você envia um sinal para todos os outros políticos, no presente e no futuro, de que, apoiar esta causa pode render votos. Com mais oferta, influencia-se também a demanda, oferecendo mais alternativas de direita para as pessoas votarem.
Por fim, há a relação entre Marina Helena e o partido Novo. Ao votar nela, você fortalece o partido e seus valores, que são pautados por princípios como um Estado simples, leve e eficiente, com uma administração enxuta e transparente, focada em áreas essenciais como saúde, segurança e educação. O Novo defende o equilíbrio das contas públicas, a desburocratização, a redução da carga tributária, e a ampla abertura da economia, facilitando o trabalho e o empreendedorismo. Além disso, o partido propõe uma previdência justa e sustentável, a bonificação de servidores por mérito, e um sistema político verdadeiramente representativo, sem fundo partidário ou eleitoral. Ao apoiar Marina, você promove também o fortalecimento das instituições, o combate à corrupção, a valorização da educação básica e o uso intensivo de tecnologia para modernizar o Brasil e conectá-lo às cadeias produtivas internacionais.
Por isso, e muitas outras razões, vote 30, vote Marina Helena para prefeitura de São Paulo.