A severa destruição na área de Al Remal em Gaza
Marwan Sawwaf/ Alef Multimedia/ Oxfam - 14/10/2023
A severa destruição na área de Al Remal em Gaza


A guerra mais cedo ou mais tarde vai acabar. A ausência de uma solução para as quase 2.5 milhões de pessoas, deixará  Gaza vulnerável para que novos grupos terroristas a excluam de uma vida melhor no presente e no futuro. Para evitar a perpetuação do desastre, criamos a iniciativa ‘Terra Nova’. A região em questão precisa de empregos, habitações decentes, transportes eficazes, serviços públicos que assegurem a saúde da população e, mais do que isso, um novo aparato legal. Ainda, todo esse contexto, fortificará as Relações Internacionais de forma sólida com países árabes amigáveis e o Ocidente.

A grande pergunta que me fiz durante toda essa guerra é: como fazer com que uma área que foi dominada por terroristas, que abriga – por muitas vezes – o extremismo, poderá se desenvolver? Até que um insight me veio à cabeça, com uma iniciativa que um grupo, originalmente de desconhecidos e unidos pelo propósito de prosperidade e paz no Oriente Médio, nomeou de ‘Terra Nova’.

Durante o governo de Donald Trump , seu genro, Jared Kushner, deu início ao que hoje conhecemos como o ‘Acordo de Abraham’ e ‘Prosperidade para a Paz’. O primeiro foi um sucesso e começou o processo de estabilização entre os países Árabes e Israel. Se subentende pelos fatos que Irã estava se sentido ameaçado, o que poderia explicar os  ataques do Hamas no dia 7 de outubro. Já ‘Prosperidade para a Paz’ vinha criar condições de paz com os territórios palestinos, mas não foi aceito pelos seus líderes, mesmo com uma proposta de investimento de 50 bilhões de dólares para melhorar a vida de seus cidadãos.

Hoje o contexto está mudando. Em breve, o grupo terrorista  Hamas deixará de ser uma força relevante em Gaza , o que trará a oportunidade de melhorar substancialmente a vida de sua população. Entre os fundadores do ‘Terra Nova’, não temos (ainda) o genro ou o presidente do EUA, então limitamos nosso foco apenas em melhorar a vida das comunidades da região palestina, e não em uma solução para todo o Oriente Médio.


Diferente do ‘Acordo Abrams’ e de ‘Prosperidade para a Paz’, não desejamos que esta iniciativa seja de um determinado governo ou pessoa. Ela é de todos os governos, empresas e indivíduos que querem ver Gaza se tornar Dubai. Ela não tem a pretensão de gerar uma paz duradoura, mas criar as condições favoráveis para que os políticos consigam fazê-lo.

O sucesso de  Gaza e de sua população tem inimigos. Os governos de países totalitários como Irã, Coreia do Norte e Rússia tem interesse em mantê-los pobres, com remorso e sofrimento para poder desviar a atenção do mundo de suas atrocidades contra seus povos e seus vizinhos.

Em contraste, o sucesso da iniciativa ‘Terra Nova’ pode servir como modelo e base de conhecimento para outras regiões que também precisam melhorar a vida de seus povos. Cisjordânia, Líbano e Síria são exemplos.

Este meu texto funciona também como uma carta aberta, para receber apoio do executivo, legislativo e tribunais, das empresas de Norte a Sul, e dos indivíduos que se importam com o povo palestino, com israelenses e outras tantas comunidades naquela região.

mundo tem duas opções. Seguir para um acordo como Versalhes, que finalizou a Primeira Guerra Mundial apenas para ganhar alguns anos e trazer a catástrofe da segunda. Ou criar um plano Marshall para Gaza, a ‘Terra Nova’, e, assim, minar as condições para quem hoje são inimigos, e criarem países prósperos com paz para seus povos.

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