O Banco Central deve derrubar a taxa básica de juros na próxima reunião. A afirmação foi feita pelo presidente da entidade, Roberto Campos Neto, ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) em reunião feita nos últimos dias.
À coluna, um assessor do ministério confirmou a reunião e que houve garantia de Campos Neto. O presidente do BC, no entanto, não se comprometeu em derrubar os juros por conta das críticas de Lula (PT) .
A conversa foi bem tranquila, segundo fontes ouvidas pela coluna, e Campos Neto ficou muito empolgado com o planejamento mostrado por Haddad para a responsabilidade fiscal do governo. A ministra do Planejamento, Simone Haddad (MDB), também esteve no encontro e se comprometeu com o tema.
O presidente do Banco Central aproveitou o papo para relevar as críticas de Lula. A coluna ouviu de um dos presentes que Neto disse ter entendido a posição do presidente e as pressões do PT, mas insistiu que foi uma decisão técnica porque o governo não havia dado sinais claros sobre a responsabilidade fiscal diante das novas despesas com o Social. Ao ser criticado por conta do governo de Jair Bolsonaro (PL), ele lembrou que a taxa de juros cresceu justamente no período do ex-presidente, principalmente em 2022, graças à irresponsabilidade.
Diante do aceno dos dois lados, ao final da reunião, Campos se comprometeu a trabalhar pela redução da taxa na próxima reunião. "Desde que os compromissos fiscais continuem sendo debatidos nestes termos", teria afirmado ele.