Senadora pelo Mato Grosso do Sul, Simone Tebet
Reprodução/redes sociais
Senadora pelo Mato Grosso do Sul, Simone Tebet

A senadora Simone Tebet ( MDB ) avisou aliados que deve aceitar o ministério do Planejamento no governo de Luiz Inácio Lula da Silva ( PT ). Nos bastidores ela está articulando para turbinar a pasta e garantir poderes que não estariam sob seu guarda-chuva, mas que ela exige a mudança antes de ser confirmada para o cargo.

Segundo um parlamentar do MDB , Tebet está negociando com Lula que o ministério do Planejamento passe a ser responsável pelo Banco do Brasil e pela Caixa, dois dos principais bancos públicos do país. Neste momento, segundo o organograma do governo federal, ambos pertencem ao ministério da Fazenda , que ficará a cargo de Fernando Haddad ( PT ).

O Partido dos Trabalhadores resiste à ideia e tem dito ao presidente eleito que o novo conceito pensado pela senadora daria poderes extras a ela e poderia até criar problemas para a Fazenda . "A Tebet quer tirar poderes de Haddad e fazer queda de braço com ele em relação aos rumos da política econômica do país", contou à coluna um assessor da presidenta da legenda, a deputada federal Gleisi Hoffmann.


Nos bastidores de Brasília, no entanto, o que se comenta é que tanto Lula quanto o próprio Haddad não rejeitaram o pedido. Os dois estão analisando como fazer isso sem esvaziar a Fazenda e sem tornar Tebet uma espécie de rival do homem de confiança do presidente eleito. A ideia é que os dois trabalhem juntos e não se tornem inimigos numa disputa de poder pela sucessão em 2026.

Tebet nomeou o presidente do MDB , o deputado federal Baleia Rossi para ficar à frente das negociações. Ela deixou claro que não quer o Planejamento para ser uma espécie de auxiliar de Haddad e sua intenção e revolucionar a pasta. "A senadora quer assumir a vaga para criar um modelo de gastos públicos de qualidade", revelou uma pessoa próxima a ela.

Haddad avisou Lula que não teme a concorrência de Tebet . Para ele, a política econômica e os gastos públicos estarão intrinsecamente ligados ao modelo político que o presidente quer implementar. Na visão dele, nem a senadora e nem ele seriam capazes de dar um cavalo de pau se não for com o aceite do mandatário. Além disso, nos bastidores assessores lembram que o ex-prefeito de São Paulo não é centralizador e sabe lidar com diferentes ao seu redor.

A aposta do momento é que Tebet vai vencer a queda de braço com o PT por ter como seu aliado Fernando Haddad . E há quem defenda que os dois possam protagonizar uma guinada econômica que os transformem automaticamente nos principais sucessores de Lula .

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