Uma guerra interna de apadrinhados na Polícia Federal travou a nomeação do novo diretor geral da Polícia Federal, e Leandro Daiello fica no cargo por ora e adiou as férias de duas semanas que teria a partir de hoje.  

O presidente Michel Temer nomearia Fernando Segóvia, mas houve alta rejeição de quadros importantes da corporação, por ser um apadrinhado de José Sarney e de parte do PMDB.

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Numa última tentativa, Segóvia conseguiu na sexta-feira o apoio velado da Federação dos Policiais Federais e da Fenadepol, que abrange parte dos delegados. Na sexta, a Abrapol, APCF, Fenadepol, Fenapef e Sinpec soltaram nota apoiando aos nomes cotados – Segóvia, Rogério Galloro e Luiz Pontel – embora veladamente seu candidato seja Segóvia.

Porém a categoria mais forte dos delegados, a Associação Nacional dos Delegados (ADPF) o barrou. As classes que apoiam Segóvia agora querem apadrinhar o delegado Reinaldo César, ex-secretário de Segurança do Paraná.

Segóvia ainda tem chances, mas menores; já o DG Daiello, que fica por tempo indeterminado, aponta internamente o delegado Luiz Pontel como seu favorito. O preferido dos militares do Gabinete de Segurança Institucional (que já se posicionou sobre não interferir no processo) do Palácio do Planalto é Rogério Galloro, o nº 2 da PF. Como Segóvia perdeu força, Galloro passou a ser o nome apoiado pelo ministro Torquato.

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Segóvia ainda tem outros padrinhos fortes, como o ministro Gilmar Mendes (STF e TSE), e Sandro Avellar, ex-secretário de Segurança do DF.

Desde o dia 29 de agosto a Coluna tem acompanhado os bastidores das negociações para o cargo de DG, e seu vaivém no cargo.

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