Democracia é o governo da maioria. Países, considerados desenvolvidos semearam, plantaram e hoje colhem os bons frutos de uma relação saudável entre a sociedade e o Estado.
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Na maioria dos países emergentes, como o Brasil , o ranço de períodos autoritários, bem como a falta de, ou o investimento inadequado de governos irresponsáveis, em educação, saúde e segurança, pavimentaram o avanço de sofisticados sistemas de corrupção.
Atrasaram em décadas, a efetiva aplicação de princípios e garantias basilares encontrados nos ideais das principais revoluções liberais burguesas e presentes em nossa Constituição atual. Dentre eles o da legalidade, moralidade, impessoalidade, publicidade e da eficiência. Dificultando, destarte, a consolidação e manutenção de um efetivo Estado democrático de direito.
Chama atenção, a dificuldade do cumprimento de uma sentença judicial, após um extenso, custoso e devido processo legal. Evidencia a fragilidade do funcionamento das Instituições em nosso sistema. Cite-se o início de execução de pena aplicada, com ressalvas de perspectivas de infindáveis recursos, de manobras revestidas de caráter de excepcionalidade, diga-se de passagem, acessível apenas para uma seleta parcela da Sociedade brasileira.
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Considerando-se o conceito de que democracia é a vontade da maioria, não parece razoável que, uma minoria organizada, alicerçada em ideologias comprovadamente ultrapassadas e ineficientes, pelo menos no que tange ao combate da desigualdade social, ostente aparato de segurança comparável a de exércitos.
Acrescente-se possuem uma infraestrutura de logística abrangendo assessoria jurídica da melhor qualidade, aparente capacidade de manutenção, por tempo indeterminado de grande número de militantes. Infraestrutura que sabidamente exigem volume de recursos vultuosos, de origem, desidiosamente, desconhecida.
Assim, além dos excessos, cometidos por dirigentes e seus membros, mencionadas organizações insistem em impor seus projetos de poder a uma esmagadora e contrária maioria.
Extrapolam, utilizando expedientes covardes, incluindo o uso indiscriminado de força física, de seguranças contratados muito bem treinados e renumerados. Comparam-se a organizações autoritárias, colidindo assim, frontalmente, com os ideais sagrados da democracia.
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Metodologias autoritárias praticadas por organizações que omitem ou dificultam a divulgação de informações de interesse público, como o custo e a origem dos recursos que as mantém, representam sério risco à preservação da democracia, além de despertarem sentimentos indigneis gerados pela máxima: quem paga a conta?