Desde o início do aparecimento de manchas de óleo nas praias nordestinas, mais de 4 mil toneladas de resíduos já foram retirados desses locais, informou neste sábado (2) o Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA), formado pela Marinha do Brasil (MB), Agência Nacional de Petróleo (ANP) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Leia também: Óleo pode chegar ao sudeste, dizem especialistas do Inpe
Em nota, o GAA informou também que "foram detectados e removidos pequenos fragmentos de óleo em Ponta da Baleia, em Caravelas e na Ilha de Santa Bárbara, em Abrolhos-BA, por equipes e navios da Marinha, juntamente com o ICMBio.
No dia 31 de outubro, de acordo com a nota, o GAA solicitou à Petrobras a transferência da área monitorada pelo satélite CosmoSkymed, da Bacia de Campos-RJ para a região de Abrolhos-BA , com objetivo de incrementar o monitoramento.
A notícia positiva, de acordo com o GAA, é que estão limpas as praias do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. As localidades que ainda permanecem com vestígios de óleo e com ações de limpeza em andamento são as seguintes: Maragogi, Japaratinga, Barra de São Miguel, Coruripe, Feliz Deserto e Piaçabuçu, em Alagoas; Artista, em Sergipe; Arembepe, Berlinque, Barra Grande, Cueira, Pratigi, Alcobaça, Mar Moreno e Piracanga, na Bahia.
Neste sábado, de acordo com a nota, foram empregados nos trabalhos de limpeza das praias e observação marítima 15 navios, 4 aeronaves, 3 drones e mais de 2.350 militares e 85 servidores do IBAMA e ICMBio. O descarte desse material é feito pelas Secretarias de Meio Ambiente de cada estado.
Até o momento, participaram da prevenção e limpeza do óleo mais de 3.370 militares da Marinha, 26 navios, sendo 22 da Marinha e 4 da Petrobras, 14 aeronaves, sendo 3 da Marinha, 6 da Força Aérea Brasileira (FAB), 3 do IBAMA e 2 da Petrobras, além de 5 mil militares e 140 viaturas do Exército Brasileiro, 140 servidores do IBAMA, 40 do ICMBio e 440 funcionários da Petrobras.
De acordo com a nota, a Operação Amazônia Azul – Mar Limpo é Vida, em fase final de planejamento, terá início a partir da próxima semana. A Marinha realizará, em conjunto com o Exército e a FAB, ações humanitárias relacionadas ao meio ambiente, cooperação na recuperação de áreas marítimas atingidas e monitoramento das águas jurisdicionais brasileiras.
Leia também: Imagens mostram mancha de óleo de 200km no dia do vazamento
A nota afirma, por último, que a "gravidade, a extensão e o ineditismo desse crime ambiental
exigem constante avaliação da estrutura e dos recursos materiais e humanos empregados, no tempo e na quantitade que for necessária".