Muitos cientistas estimam que a Terra está no início de uma nova “extinção em massa”, marcada pelo desaparecimento de espécies em um ritmo alarmante, principalmente devido à ação do homem.
Caso ela aconteça, nsta não seria a primeira: nos últimos 500 milhões de anos, o planeta experimentou cinco episódios de extinção , em que pelo menos metade dos seres vivos foram erradicados em um piscar de olhos, sob a perspectiva da história geológica.
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No total, mais de 90% dos organismos que um dia caminharam, nadaram, voaram ou rastejaram desapareceram. Ao todo, foram cinco as extinções em massa registradas no planeta , com a última tendo acontecido há 66 milhões de anos.
Extinção do Ordoviciano
Quando: há 445 milhões de anos
Desaparecimento das espécies: 60-70%
Causa provável: período glacial curto, mas intenso
Neste período, a vida se encontrava principalmente nos oceanos. Os especialistas estimam que uma rápida glaciação congelou a maior parte da água do planeta, provocando a queda do nível do mar. Os organismos marinhos como as esponjas e as algas foram os principais afetados, assim como os moluscos, cefalópodos primitivos e peixes sem mandíbula chamados ostracodermes.
Extinção do Devoniano
Quando: há entre 360 e 375 milhões de anos
Desaparecimento das espécies: até 75%
Causa provável: esgotamento do oxigênio nos oceanos
Os organismos marinhos voltaram a ser os mais afetados. A variação do nível dos oceanos, a mudança climática ou o impacto de um asteroide são considerados possíveis fatores responsáveis. Uma das teorias aponta que a proliferação de vegetais terrestres conduziu a uma anoxia (falta de oxigênio) nas águas de superfície. As trilobitas, artrópodes do fundo dos oceanos, foram as principais vítimas.
Extinção do Permiano
Quando: há 252 milhões de anos
Desaparecimento das espécies: 95%
Causas prováveis: impactos de asteroides, atividade vulcânica
Classificada como a “mãe de todas as extinções”, esta crise biológica devastou os oceanos e terras. É também a única em que praticamente todos os insetos desapareceram. Alguns cientistas estimam que isso ocorreu durante um período de milhões de anos, outros em apenas 200.000 anos.
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As trilobitas que sobreviveram às duas primeiras extinções desapareceram completamente, assim como alguns tubarões e peixes com ossos. Na terra, os moschops, répteis herbívoros de vários metros de comprimento, também desapareceram.
Extinção do Triássico
Quando: há 200 milhões de anos
Desaparecimento das espécies: 70-80%
Causas prováveis: múltiplas, o debate continua aberto
A misteriosa extinção do Triássico eliminou muitas grandes espécies terrestres, a maioria delas arcossauros, ancestrais dos dinossauros e dos quais descendem os pássaros e crocodilos modernos. A maioria dos grandes anfíbios também desapareceu.
Uma teoria fala de erupções maciças de lava durante a fragmentação da Pangeia , o último supercontinente, com erupções acompanhadas por enormes volumes de dióxido de carbono que causaram um aquecimento climático galopante. Outros cientistas apontam para asteroides, mas nenhuma cratera correspondente foi identificada até o momento.
Extinção do Cretáceo
Quando: há 66 milhões de anos
Desaparecimentos de espécies: 75%
Causa provável: impacto de um asteroide
A descoberta de uma imensa cratera onde hoje é a península mexicana de Yucatán corrobora a hipótese de que o impacto de um asteroide foi responsável pelo desaparecimento dos dinossauros não-aviários como o T-Rex e o triceratopes.
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Mas a maioria dos mamíferos, tartarugas, crocodilos, sapos e pássaros sobreviveu, bem como a vida marinha. Sem os dinossauros, eles proliferaram, levando ao nascimento do homo sapiens, uma espécie que agora pode ser responsável por uma provável sexta extinção .
Fontes: National Geographic, Enciclopédia Britânica, estudos científicos.