Um novo estudo mostrou que baleias e golfinhos têm dificuldade em perder entes queridos e realizam "vigílias" após a morte deles. De acordo com um estudo realizado por pesquisadores da instituição italiana Oceancare , assim como os humanos, esses mamíferos lamentam a morte de animais de seu convívio e têm problemas para ‘seguira vida’ depois das perdas.
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Por meio da análise feitas com 78 baleias e golfinhos , os estudiosos da Dolphin Biology and Conservation da Oceancare descobriram que mais de 90% dos animais estudados estavam 'ligados' aos seus parentes falecidos, principalmente as fêmeas, que responderam a três de quatro estímulos da equipe.
No estudo publicado na revista Zoology , os pesquisadores informaram que 75% das fêmeas desses grupos carregaram a carcaça de seus filhotes por uma semana. “Eles tentavam fazer com que o bebê morto flutuasse, e caso viesse a afundar, elas o empurravam na tentativa de reanimá-los”.
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Baleias e golfinhos fêmeas ‘compartilham’ sofrimento por perdas
Outro fator descoberto com o estudo é a conexão entre as fêmeas de ambas as espécies. De acordo com a equipe, quando algum animal da prole morre, as mães do grupo passam a ‘sofrer’ juntas devido ao apego sentido, "que resulta na dificuldade de deixar o outro ir", ou seja, um comportamento relacionado ao luto, conhecido no universo animal como PAB ( post-cuten attentive behavior ).
O PAB, que evidencia o obstáculo de aceitar a morte do outro, foi identificado em 20 das 88 espécies de cetáceos. Os pesquisadores ressaltaram que isso se desencadeia mais intensamente em golfinhos, por possuírem níveis de sociabilidade maiores do que as baleias.
As baleias jubarte, por sua vez, protegem os filhotes vivos ou mortos das baleias assassinas, e cerca de 25% dos machos da espécie cercam as carcaças de suas companheiras por semanas para exibir um comportamento de posse, que muitas vezes é causado por estresse excessivo.
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" Baleias e golfinhos , entre outras espécies de cetáceos, são conhecidas há muito tempo por continuarem cuidando umas das outras mesmo depois da morte. Ainda não sabemos se os mamíferos aquáticos realmente reconhecem o que é a morte, mas acreditamos que a ação seja relacionada ao apego emocional. Realizaremos mais estudos sobre o assunto”, concluíram.