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Reprodução/Daily Mail
O urso negro foi morto por um turista chinês, que, em entrevista, disse ter permissão do governo para fazê-lo


Um turista chinês matou um urso negro durante um passeio turístico em Myanmar. De acordo com o portal britânico Daily Mail , o caso viralizou na quarta-feira (27), quando as imagens foram liberadas na internet. O responsável pelo ato, cujo nome não foi divulgado, disse ter matado o animal “por curiosidade”.

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Ameaçado de extinção, o urso negro asiático foi morto pelo chinês que, em entrevista para um jornal local, assumiu a responsabilidade pelo ato. Ele também disse que o animal estava prestes a ser executado pelo governo “depois de machucar algumas pessoas”. Assim, de acordo com ele, quando ficou sabendo do caso, se sentiu “curioso” e pediu permissão para matar o mamífero.

O chinês ficou muito irritado com a repercussão dos casos nas redes sociais. “Ninguém tinha autorização para compartilhar o vídeo. Eu não sei quem o colocou na internet na China, mas eu fui condenado pelos internautas e gostaria de esclarecer a questão”, disse.

No vídeo em questão, ele aparece apontando uma arma para o animal enjaulado enquanto diz frases como: “eu falei para você não abrir sua boca. Faça isso de novo e eu vou fazer você se arrepender”. Em seguida, o mamífero é alvejado na cabeça e os turistas retiram diversas partes de seu corpo.

Ainda não se sabe se as autoridades da China pretendem tomar alguma atitude contra a ação do homem.

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Espécie ameaçada de extinção

Os ursos negros asiáticos são uma das espécies com o maior risco de extinçã,  de acordo com a Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção. Classificado como Appendix I , a categoria mais alta para espécies ameaçadas, o animal é caçado de forma ilegal em vários países asiáticos.

Algumas partes de seu corpo, como patas, dentes, bile e vesícula biliar são usadas na medicina tradicional de algumas localidades. Para Jill Robinson, fundadora da ONG Animals Asia Charity , este pode ser um dos motivos para a morte do animal em Myanmar. "Eu espero que as autoridades encontrem as pessoas responsáveis por um tratamento tão condenável a ursos protegidos", disse em entrevista ao  Daily Mail.

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Robinson ainda adicionou que sua ONG trabalha com os governos da China e do Vietnã e já resgatou mais de 600 animais semelhantes ao urso sacrificado pelo turista. Agora, eles vivem em santuários localizados nos dois países. "Eu considero esta uma forma muito mais produtiva de proteger os animais do que atirar em suas cabeças", finalizou.

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