
Cientistas anunciaram a descoberta de uma nova espécie de dinossauro carnívoro que foi fossilizado em pleno ato de alimentação. Batizado de Joaquinraptor casali, o animal pertencia ao grupo dos megaraptores e viveu na região da Patagônia argentina entre 66 e 70 milhões de anos atrás, no fim do período Cretáceo.
O estudo, publicado nesta terça-feira (23) na revista Nature, descreve o achado como “o megaraptor mais completo e um dos últimos sobreviventes” já encontrados. Os fósseis foram retirados da formação rochosa Lago Colhué Huapi, na Patagônia, e incluem crânio, braço, perna e vértebras da cauda de um espécime que teria cerca de 19 anos de idade.

O detalhe mais impressionante foi o osso do braço de um crocodilo pré-histórico preservado dentro da mandíbula do dinossauro, revelando o momento exato de sua última refeição.
“Megaraptores parecem ter sido os predadores de topo nos paleoecossistemas do centro e sul da Patagônia perto do fim do Cretáceo”, escreveram os pesquisadores.
Diferente de outros carnívoros mais conhecidos, como o Tiranossauro Rex ou o Velociraptor, o Joaquinraptor possuía garras gigantes, adaptadas para caçar e dominar presas com eficiência.
Para Federico Angolin, do Museu Argentino de Ciências Naturais Bernardino Rivadavia, a descoberta “preenche uma lacuna importante ao fornecer um dos esqueletos mais completos já encontrados desse grupo”.
O estudo também destaca que a associação direta entre o dinossauro e sua presa pode ajudar a compreender melhor os hábitos alimentares e estratégias de caça dos megaraptores, considerados os principais predadores da Patagônia no final da era dos dinossauros.