Observador deve olhar para o céu em todas as direções
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Observador deve olhar para o céu em todas as direções

Brasileiros poderão observar, na madrugada desta sexta-feira (12) para sábado (13), a chuva de meteoros Persêidas. Segundo Marcelo Zurita, o diretor técnico da Bramon (Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros), essa chuva tem um pico bem definido que, este ano, se dará durante o período diurno do dia 12 aqui no Brasil. Mas, naturalmente, os meteoros ficarão mais visíveis durante a madrugada, a partir das 3h do dia 13.

De acordo com Zurita, a Persêidas é uma chuva que pode ser contemplada com maior visibilidade no Hemisfério Norte do planeta. Portanto, quanto mais ao norte do país, maiores as chances de flagrar os meteoros. O inverso é verdadeiro. Em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, será possível ver, em média, cerca de um a três riscos luminosos no céu a cada hora.

"No norte do país, por sua vez, a expectativa é que seja possível enxergar, no máximo, 20 meteoros por hora, porque a Lua se encontra na fase cheia. Se não fosse por isso, talvez fosse possível observar entre 40 e 50 meteoros por hora", afirma.

A luz da Lua, explica o astrônomo, assim como qualquer luminosidade, ofusca o brilho dos meteoros mais tênues. Por isso, a principal orientação àqueles que desejam observar a chuva é se deslocar para um local descampado e afastado das luzes da cidade.

"Uma dica para obter uma melhor visualização é olhar na direção contrária à da Lua. Na madrugada de sábado, o astro irá se pôr na direção oeste, então o lado mais interessante será o oeste", diz. 

Zurita ressalta, ainda, que vale olhar para o céu em todos os lados, e não apenas na direção da Constelação de Perseu. Ela é o radiante da chuva, isto é, o ponto no céu da onde os meteoros parecerão se originar, aos olhos do observador.

A chuva de meteoros Persêidas é originária do cometa Swift-Tuttle, descoberto em 1862 pelo astrônomo americano Horace Tuttle. O corpo celeste tem um período orbital de 133 anos, o que significa que ele demora todo esse tempo para passar perto do Sol.

Toda vez que isso acontece, parte de suas superfícies de gelo "ferve", liberando partículas de poeira e rocha. Esses detritos se espalham ao longo do caminho do cometa, formando um verdadeiro rastro no Sistema Solar.

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