Cerca de 150 pesquisadores envolvidos no experimento XENON1T descobriram um excesso de eventos inesperdos dentro do detector XENON, localizado no Laboratório Nacional Gran Sasso, na Itália.
Este avanço pode indicar a existência do axônio, uma hipotética partícula ultraleve, de que poderia ser composta a matéria escura . A matéria escura representa algo equivalente a uma quarta parte do universo. Um dos problemas para detectar este material é que os fisícos ainda não sabem sobre a sua composição, mas sabem que não deve ser formada por partículas padrão.
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Os experimentos XENON estavam destinados inicialmente à buscar por partículas de matéria escura hipotéticas pesadas. Mas os pesquisadores perceberam durante os anos de experimento que poderiam identificar outras partículas que passam pelo detector, como as que batem em um elétron em vez de um núcleo de xenônio, um elemento ao qual o detector é inerte.
Na nova análise destinada a observar retrocessos eletrônicos em dados de XENON1T, os fisícos esperavam identificar 232 destes eventos, causados por fontes conhecidas de contaminação de fundo, mas foram revelados 285.
Três explicações foram propostas pelos cientistas para explicar as fontes de erros: a existência de uma nova partícula, conhecida como "axônio solar", uma partícula hipotética produzida dentro do Sol que seria semelhante a um fóton, mas com uma pequena quantidade de massa; possíveis novas propriedades dos neutrinos, partículas subatômicas extremamente pequenas presentes em todo o Universo e capazes de atravessar quase qualquer objeto praticamente sem interagir com a matéria e a possível contaminação por átomos de trítio durante o experimento.
Os cientistas esperam que a continuação dos experimentos do XENON1T sejam realizados ainda este ano e esperam descartar a possível contaminação, como forma de explicar os resultados obtidos.
As informações foram extraídas do site Sputnik Brasil