Pesquisadores chineses confirmaram os resultados positivos da nova vacina
Reprodução/Facebook
Pesquisadores chineses confirmaram os resultados positivos da nova vacina

Nesta sexta-feira (24), um laboratório chinês divulgou resultados promissores de uma vacina para combater o Covid-19. Em teste realizado em macacos, e que ainda precisa ser validados pela comunidade científica, os pesquisadores conseguiram proteger os animais da infecção causada pelo vírus.

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Segundo informações da AFP, o laboratório Sinovac Biotech injetou doses diferentes da vacina em oito macacos Rhesus e realizou a exposição do grupo ao novo coronavírus (Sars-Cov-2) três semanas depois. Após analise, ficou comprovado que nenhum deles desenvolveu infecção e todos foram "amplamente protegidos", disse a empresa em comunicado.

No processo, quatro macacos receberam uma alta dosagem da vacina e não tiveram qualquer sinal detectável do Covid-19 nos pulmões após sete dias da administração do patógeno. Já no outro grupo, que recebeu dosagem menor, foi verificada a presença da carga viral, mas ela foi controlada de forma natural.

Em contraste com o que foi avaliado no grupo que utilizou a vacina, os macacos que não receberam o remédio e foram expostos ao vírus acabaram sofrendo de uma severa pneumonia.

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Os testes, segundo porta-voz da Sinovac, mostraram "boa eficácia" e deixaram a equipe confiante no potencial da vacina. Em conversa com a agência, Florian Krammer, virologista da Escola de Medicina do Monte Sinal de Nova York, este é o "primeiro dado clínico sério e positivo de um candidato a vacina".

Apesar do resultado positivo, um ponto deixa dúvidas sobre a eficácia da vacina: as mutações do novo coronavírus. Pesquisas recentes mostraram que o vírus já modificou sua carga genética ao menos 30 vezes desde o início da pandemia , o que pode dificultar a obtenção de um remédio para a doença .

Entretanto, a Sinovac disse que os experimentos mostraram que a vacina pode "neutralizar" diferentes variações encontradas em pacientes de diversos países. "esta é uma forte evidência de que o vírus não está se modificando de forma a ficar imune a uma possível vacina", afirmou o imunologista Mark Slifka, da Universidade de Ciência e Saúde do Oregon.

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Agora, a próxima fase de testes já deve utilizar candidatos humanos que não foram infectados pela doença para confirmar que a vacina pode ser repassada para pacientes do Covid-19 .

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