Mais de 90 milhões de pessoas morreriam ou sofreriam algum tipo de consequência caso uma guerra nuclear entre Estados Unidos e Rússia fosse iniciada. A catastrófica estimativa foi apontada por cientistas da Universidade de Princeton (EUA) e divulgada em estudo apresentado na última semana.
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O time responsável pela pesquisa, e que realizou as simulações dos possíveis cenários da guerra , apontou que a crise se tornou mais plausível nos últimos anos, devido ao aumento das tensões entre as lideranças dos dois países, comandados por Donald Trump e Vladimir Putin, e diminuição nos controles de armas de destruição em massa.
A simulação, resultado de um estudo do Programa de Ciência e Segurança Global (SGS) de Princeton , sugere que cerca de 34 milhões de pessoas morreriam e outros 57 milhões seriam feridos apenas nas primeiras horas do confronto nuclear , e isso sem contar as pessoas que seriam afetadas pelos problemas futuros de uma explosão.
Ainda de acordo com o cenário, a destruição mundial incluiria a total incineração da Europa, que seria afetada e ‘trazida para o conflito’ mesmo sem ser uma das adversárias primárias da guerra, uma vez que a Otan provavelmente apoiaria a ofensiva norte-americana.
“Na esperança de frear tal aliança, a Rússia faria disparos de advertência a partir da base localizada na cidade de Kaliningrado, o que forçaria uma retaliação por parte da Otan , que provavelmente atingiria os russos com um ataque nuclear aéreo”, apontam os responsáveis pelo estudo.
“Quando a ‘linha nuclear’ for ultrapassada, o conflito escalonará rapidamente para uma guerra atômica na Europa. A Rússia utilizaria seu arsenal bélico para acertar bases da Otan e facilitar o avanço de suas tropas. Tal movimentação seria respondida com outros disparos de bombas atômicas por vias aéreas”, ressaltam.
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A partir daí, milhares de ataques seriam realizados por ambos os lados, com bombas atingindo tanto os Estados Unidos e a Rússia, como mostram as linhas de ação, tanto azuis quanto vermelhas, no vídeo da simulação. O SGS afirma que a simulação foi “baseada na real postura adotada atualmente pelos países, incluindo aí os possíveis alvos e fatalidades”.