Lua pode ser
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Lua pode ser "chave" para chegar em Marte


A humanidade comemora, neste sábado (20), os 50 anos da chegada da primeira missão tripulada à Lua. A iniciativa Apollo, cuja missão Apollo 11 aterrissou em solo lunar, foi encabeçada pela NASA, agência espacial norte-americana.

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Agora, o satélite da Terra pode ser o caminho para o próximo grande passo da humanidade na espaço. O Projeto Gateway, também da NASA, pretende colonizar a Lua para levar uma missão tripulada para Marte.

A nave, que levará o mesmo nome do projeto, está em processo de construção e sua primeira parte deverá ser lançada ao espaço em 2022. Outras dois módulos serão lançados posteriormente para acoplar o sistema, que ficará orbitando a Lua. O primeiro teste não tripulado da iniciativa deverá entrar em órbita já em 2020.

A ideia é que o Gateway se torne uma espécie de "quartel general espacial" no satélite da Terra. Com isso, a nave seria um primeiro passo na colonização da Lua. A NASA já estuda a construção de estruturas no solo lunar. Outras agências espaciais como as de Japão, Rússia e Canadá também fazem parte do projeto encabeçado pelos norte-americanos.

"Trabalhando com agências internacionais, a NASA vai mudar o paradigma da exploração humana no espaço. O Gateway pretende estabelecer uma presença humana constante na Lua para descobrir novos avanços científicos e dar o primeiro passo para que empresas passem a construir uma economia lunar", diz a página oficial da agência.

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"Nós queremos que o Gateway seja um novo espaço para o melhor que o mundo tem a oferecer em ciência e tecnologia. A agência quer usar o projeto para observar a Terra de uma nova perspectiva, estudar o Sol e ter uma visão desobstruída do vasto universo", revela o documento.

O escritório da NASA em órbita também é importante para que a exploração humana do universo avance drasticamente. Após o fim da Guerra Fria e a chegada à Lua, a corrida espacial perdeu parte de seu sentido e o avanço das tecnologias fez com que as agências espaciais explorassem o Sistema Solar através de robôs e sondas.

Agora, os norte-americanos querem usar o satélite como uma espécie de escala para fazer a sonhada missão tripulada para Marte. "As tecnologias do projeto Gateway serão fundamentais para que consigamos fazer a viagem de de 34 milhões de milhas até Marte", explica a agência.

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Ainda segundo a agência, "as explorações da Lua e de Marte estão entrelaçadas", uma vez que as novas ferramentas que serão testadas no satélite da Terra tendem a ser chave para o próximo passo na exploração do Sistema Solar.

Devido à ambição do Gateway, o governo norte-americano deve injetar U$ 1,6 bilhão no orçamento da NASA já para o ano que vem.

De acordo com a NASA, também estão entre os principais objetivos da colonização da Lua e da chegada em Marte explorar as dificuldades de se viver no espaço, descobrir e utilizar novos recursos naturais e estudar opções para descarte de lixo. A expectativa da NASA é que o projeto Gateway esteja totalmente pronto em 2026.

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