Os astrônomos estão muito animados com a descoberta do gás oxigênio em uma galáxia tão distante da Terra
Reprodução/Phys.org
Os astrônomos estão muito animados com a descoberta do gás oxigênio em uma galáxia tão distante da Terra


Cientistas da Nasa descobriram oxigênio na galáxia MACS1149-JD1, a 13,3 bilhões de anos-luz de distância da Terra. De acordo com o site Phys , o gás foi identificado pelo telescópio ALMA, localizado no deserto do Atacama, e a nova descoberta pode ajudar nas pesquisas sobre a evolução das galáxias, incluindo a Via Láctea.

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“Eu fiquei entusiasmado ao ver o sinal do mais distante oxigênio ”, disse Takuya Hashimoto, um dos autores do estudo publicado na revista científica Nature . O pesquisador da Universidade Osaka Sangyo e do Observatório Astronômico Natural do Japão ainda explicou que, agora, a ciência avançou alguns passos e poderá estudar a primeira fase da formação das estrelas na história.

A 13,3 bilhões de anos-luz, a galáxia foi vista da forma como era quando o universo tinha apenas 500 milhões de anos, menos de 4% de sua idade atual. Como a MACS1149-JD1 é muito jovem, a presença do gás demonstra outro fator importante: ela deve ter começado a formar estrelas 250 milhões de anos depois do Big Bang, algo único na história cósmica, e sugere que locais quimicamente ricos evoluíram de forma rápida.

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Como o oxigênio foi detectado?

Para os especialistas, a primeira formação de estrelas jogou o gás em questão para fora da galáxia , o que suprimiu o surgimento de novos corpos por um tempo. O gás, porém, voltou para a galáxia e originou a segunda leva de formação de estrelas, que ionizaram o oxigênio entre os outros corpos, e foram essas as emissões detectadas pelo ALMA.

E isso só foi possível porque os átomos passaram a viajar pelo espaço, começaram a esquentar e foram ionizados pela luz e radiação de grandes estrelas . Dessa forma, os átomos começaram a “brilhar” e sua luz percorreu uma longa trajetória até chegar à Terra e ser captada pelo telescópio.

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"A população estrelar madura da MACS1149 implica que as estrelas estavam sendo formadas muitos anos antes, além do que podemos ver com nossos telescópios", concluiu Nicolas Laporte, pesquisador da Universidade College London. "A descoberta do oxigênio  tem implicações muito animadoras para encontrar o 'amanhecer cósmico', quando as primeiras galáxias surgiram".

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