Uma sonda da Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) que explora a lua de Júpiter voou através de uma nuvem gigante de vapor d'água vindo da superfície de Europa, um dos principais satélites naturais de Júpiter. Ainda segundo a agência, o jato alcançou 160 quilômetros de altura, de acordo com nova análise dos dados da espaçonave. As informações são do The Guardian .
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A descoberta divulgada pela Nasa nessa segunda-feira (14) renovou as expectativas de alguns cientistas que acreditam que a lua de Júpiter esconde um vasto rio e que seja o local mais apropriado para a realização de buscas por vida alienígena.
A fim de descobrir mais informações sobre essa possibilidade, a Agência Espacial Europeia (Esa) também está planejando estudar a superfície de Europa e seu rio, que, segundo relatórios divulgados na Revista Nature Astronomy , é maior que todos os oceanos do planeta Terra.
Espaçonave Galileo da Nasa e descobertas recentes
A espaçonave Galileo da Nasa passou oito anos em órbita ao redor de Júpiter e fez sua passagem mais próxima sobre Europa, uma lua do tamanho da nossa, em 16 de dezembro de 1997. Quando a sonda caiu, seus sensores se contraíram com sinais inesperados, que os pesquisadores não conseguiram explicar no período.
Vinte anos depois, em um novo estudo, o grupo de estudiosos liderado pelo cientista planetário Xianzhe Jia, da Universidade de Michigan, descreve como voltou aos dados da Galileo depois que imagens do telescópio espacial Hubble, em 2016, revelaram o que pareciam ser 'plumas de jateamento' na superfície de Europa.
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Por meio de simulações feitas em computador, Jia evidenciou fenômenos naturais capazes de gerar oscilações semelhantes às detectadas pelos instrumentos da sonda, identificando, assim, uma erupção de vapor e água quente.
Além disso, instrumentos a bordo da sonda detectaram uma breve, porém dramática, reviravolta no campo magnético, e um súbito aumento na densidade do plasma ou gás ionizado, pelo qual a espaçonave sobrevoava.
Quando plumas de água saem de Europa, as moléculas são imediatamente atacadas por partículas energéticas, um processo que as reduz em íons carregados que produzem oscilações na direção do campo magnético e aumentam a densidade do plasma acima do gêiser.
"Há uma boa chance de que essas espaçonaves possam obter medições diretas de plumas, ejetando material do oceano da superfície para o espaço. Essas observações fornecerão dados cruciais para avaliarmos o potencial de vida alienígena em Europa”, explicou Jia.
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Segundo o relatório publicado pela Nasa , é importante lembrar que a lua jupiteriana não é um paraíso como muitos pensam. A temperatura da superfície nunca se eleva acima de -160°C e o calor existente provém do amassamento das marés impulsionado pelas forças gravitacionais da órbita de Júpiter, "aprisionando" Europa em uma eterna noite congelante.