Cientistas da Universidade Tohoku, no Japão, estavam analisando um meteorito lunar quando fizeram uma descoberta surpreendente: há evidências de que já existiu água na Lua e de que ela ainda pode estar presente no subsolo do corpo celeste. De acordo com o portal Phys , a pesquisa publicada no site Science Advances pode ser um passo na busca pela substância no satélite natural.
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Liderada por Masahiro Kayama, a equipe de pesquisadores encontrou um mineral muito raro no meteorito vindo da Lua : o moganite, que só pode ser formado na presença de água. A possibilidade animou os cientistas e aqueles que acreditam que o satélite pode se tornar a “segunda casa” dos humanos, porém, foram precisos mais alguns testes para eliminar possíveis dúvidas.
A rocha, batizada de NWA 272, caiu na região norte da África há aproximadamente 17 mil anos e, para comprovar a sua origem – e também que o moganite não foi formado após a chegada do material à superfície terrestre –, os cientistas realizaram inúmeras análises que comprovaram as suspeitas iniciais.
“Isso indica a possibilidade de presença de recursos abundantes de água sob os terrenos Procellarum KREEP e [da cratera] da bacia do Polo Sul-Aitken”, explicou o resumo do artigo científico que revelou a descoberta.
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Crateras da Lua podem abrigar vida
Outra descoberta recente sobre o satélite natural aconteceu em março, quando o primeiro lar extraterreste para os seres humanos pode ter sido encontrado graças a um mecanismo de inteligência artificial (AI). Após análises na superfície lunar, a ferramenta identificou sete mil novas crateras, que podem abrigar vida devido a alta proteção à radiação solar perigosa.
O software de computador desenvolvido nos Estados Unidos pela equipe de pesquisadores liderada por Ari Silburt, da Penn State University, e por Mohamad Ali-Dib, da Universidade de Toronto, registraram mais de 90 mil imagens da superfície em uma rede neural artificial (ANN), que tem como intuito simular como o cérebro funciona a fim de reconhecer padrões de informação.
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A ANN da equipe foi programada para categorizar imagens e identificar crateras maiores que cinco quilômetros de diâmetro, conseguindo detectar 6.883 novas crateras na Lua já em seu primeiro teste. Segundo Silburt, o feito, que duplicou o número total de crateras conhecidas com esse tamanho, pode auxiliar ainda mais nas descobertas e nas contagens dos fenômenos.