A Agência Espacial Americana (Nasa) se prepara para lançar no sábado (5) uma nave capaz de escavar o solo de Marte
Divulgação/JPL-Caltech/Nasa
A Agência Espacial Americana (Nasa) se prepara para lançar no sábado (5) uma nave capaz de escavar o solo de Marte

A Agência Espacial Americana ( Nasa ) se prepara para lançar no sábado (5) uma nave capaz de escavar o solo de Marte e, assim, trazer respostas sobre a formação do planeta. Serão sete meses de viagem até alcançar a superfície marciana e, finalmente, dar início à missão nomeada “InSight”. As informações são do The Guardian.

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A InSight tem como missão mapear o interior de Marte pela primeira vez na história. E, para tanto, realizará uma investigação sísmica, geodésia e de transporte de calor – com uma sonda robótica que pousará em uma região mais “parada” do planeta, o que, segundo os cientistas, é ideal para a exploração.

“O pouso ocorrerá, intencionalmente, em uma região monótona do planeta”, explica Neil Bowles, cientista planetário da Universidade de Oxford, um dos membros da equipe de pesquisadores britânicos envolvidos na missão. “É um local plano, vazio e – esperamos – sem muito vento. E isso é precisamente o que necessitamos”, completa.

Como será feita a exploração em Marte

A nave lançada no próximo fim de semana possui um conjunto de instrumentos que serão utilizados na missão de explorar o interior do planeta. Um deles é uma sonda de fluxo de calor semelhante a uma lança, que vai martelar o solo e medir a velocidade com que o calor se eleva do interior do planeta. Outro é um sismógrafo que medirá a “pulsação” de Marte e será colocado na superfície por um braço robótico. Vale destacar que esse instrumento é tão sensível que pode detectar vibrações menores que da amplitude de um átomo. Daí a necessidade de um local de pouso que seja suave e silencioso. 

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Os cientistas envolvidos na missão Insight esperam registrar tremores, ou ‘marsquakes’, pela primeira vez. Como outros planetas do Sistema Solar, Marte ainda está esfriando do calor consequente da criação do universo, há mais de quatro bilhões de anos. Quando o calor irradia da superfície, a crosta se contrai e se curva. Com o tempo, as tensões se acumulam e são repentinamente liberadas quando vastas extensões de rocha passam entre si ao longo de falhas geológicas, enviando tremores através do planeta.

O que os cientistas esperam da InSight

Bruce Banerdt, o principal investigador da missão do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, na Califórnia, disse que espera que a InSight registre pelo menos uma dúzia, mas talvez 100 tremores de magnitude 3,5 ou mais fortes ao longo da missão de dois anos. Contudo, os cientistas estão esperando por mais. De seu local de pouso próximo ao equador, o Insight deve detectar impactos de meteoros que atingem Marte em qualquer lugar de sua superfície. Mesmo a minúscula elevação do solo causada pela força gravitacional da lua de Marte, Phobos, deveria ser registrada em seus instrumentos.

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"O que esperamos da missão é que façamos o primeiro mapa do interior de Marte, mapear seu núcleo, crosta e manto e, pela primeira vez, realmente entender a estrutura do interior do planeta", afirma Banerdt. “Podemos, então, extrapolar tais conhecimentos para a Terra, Vênus e outros planetas rochosos do Sistema Solar”, finaliza.

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