Descoberto em 2014, 'Júpiter Quente'leva o mesmo período de tempo para girar em seu eixo e orbitar sua hospedeira
Reprodução/Nasa
Descoberto em 2014, 'Júpiter Quente'leva o mesmo período de tempo para girar em seu eixo e orbitar sua hospedeira

Um novo planeta que absorve 99% de toda a luz que lhe atinge pode estar entre os corpos celestes mais escuros já descobertos. De acordo com o estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Keele, no Reino Unido, partículas encontradas na atmosfera densa do Wasp-104b, um planeta apelidado de 'Júpiter Quente' por suas semelhanças com o gigante gasoso, consome quase toda a luz que o rodeia.

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O planeta negro está tão perto de sua estrela hospedeira que as nuvens reflexivas presentes na maioria dos corpos celestes são queimadas. Como resultado, o misterioso ' Júpiter Quente'  fica com uma camada nebulosa de átomos de potássio e sódio que absorvem toda a luz do espectro visível, ou seja, o evidencia como uma esfera escura que queima como uma fogueira em brasa.

As descobertas sobre 'Júpiter Quente'

Especialistas encontraram o estranho planeta graças à sombra que lança contra sua hospedeira, uma estrela anã amarela que está a cerca de 466 anos-luz de distância, na constelação de Leão. Os pesquisadores conseguiram rastrear o 'trânsito' pela superfície da estrela e por meio de dados do telescópio espacial Kepler da Agência Espacial Norte-Americana (Nasa).

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Segundo a equipe, os chamados 'Júpiteres Quentes' são exoplanetas gigantes e cheios de gás. Entretanto, mesmo que semelhantes a Júpiter, possuem um período orbital muito menor, com menos de dez dias.

Descoberto em 2014, no projeto Wide Angle Search for Planets , o Wasp-104b leva o mesmo período de tempo para girar em seu eixo e orbitar sua estrela hospedeira. Tal característica, chamada de bloqueio de maré, também afeta a Lua, uma vez que um lado sempre enfrenta sua estrela hospedeira, e está constantemente de dia, e o outro fica de fora, passando por noites permanentes. 

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Em relação à sua aparência, os cientistas dizem que muitos estudos e descrições tem se equivocado acerca da coloração do ' Júpiter Quente' , que não seria mais escuro do que o carvão, como se acreditava anos atrás. Para o pesquisador Adam Burrows, da Universidade de Princeton, ao que tudo indica, o gigante de gás é roxo.

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