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Reprodução/John Sonntag - Operation IceBridge
No Ártico, os buracos foram vistos durante uma missão da Nasa que sobrevoa os polos e estão intrigando especialistas


A operação IceBridge, da Nasa, acontece todos os anos e tem como objetivo sobrevoar as duas regiões polares do nosso planeta. Ela acontece desde 2009 e, neste ano, encontrou algo muito inusitado ao passar pelo Ártico no dia 14 de abril: buracos no meio do mar congelado. Até o momento, a Nasa declarou nunca ter visto nada parecido – e não saber por que eles apareceram ali.

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Segundo o portal Earth Observatory , da Nasa, os buracos no Ártico foram avistados pelo cientista John Sonntag, que estava a bordo do avião de pesquisa P-3. Eles estão localizados na região leste do Mar de Beaufort, no Canadá. “Nós vimos esses buracos de formato circular por alguns minutos hoje”, Sonntag relatou, “eu não me lembro de ter visto nada parecido em outro lugar”.

As fendas chamaram a atenção e começaram a motivar a criação de diversas especulações. Para a Nasa, alguns aspectos da situação são fáceis de explicar: é possível dizer que o gelo é recente e vem crescendo há aproximadamente um ano. “O gelo é provavelmente fino, macio, mole e maleável”, explicou Don Perovich, geofísico da Faculdade de Dartmouth, nos Estados Unidos.

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Como explicar os buracos no Ártico?

Os buracos , por outro lado, ainda são uma incógnita. “Eu não tenho certeza de que tipo de dinâmica poderia gerar as formas em semicírculo ao redor das fendas. Nunca vi nada parecido antes”, Perovich comentou. Uma das hipóteses acredita que as cavidades foram feitas por focas, que criaram o espaço com o objetivo de conseguir chegar até a superfície para respirar.

Para além da teoria das focas, o cientista Chris Polashenski, do Laboratório de Pesquisa e Engenharia de Regiões Frias, disse já ter visto formações parecidas antes, mas nunca conseguiu explicá-las. A hipótese das focas, para ele, é plausível, mas também seria preciso pensar em outras explicações.

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“Existe uma chance de serem apenas ‘fontes termais’ ou vazamentos de águas subterrâneas que vêm das montanhas”, sugeriu Chris Shuman, da Nasa. “Outra possibilidade é que uma corrente de água quente do mar de Beaufort ou de fora do rio Mackenzie [no  Ártico ] esteja encontrando caminho até a superfície por causa de sua interação com a batimetria”, finalizou.

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