Análises microscópicas dos diamantes do meteorito Almahata Sitta mostraram que foram produzidos em planeta perdido
Reprodução/Hillary Sanctuary
Análises microscópicas dos diamantes do meteorito Almahata Sitta mostraram que foram produzidos em planeta perdido

Um estudo realizado por pesquisadores da Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça, descobriu que os diamantes encontrados em um meteorito que explodiu no deserto núbio, no Sudão, há uma década, foram formados no fundo de um planeta “perdido" no Sistema Solar.

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Análises microscópicas dos diamantes do meteorito Almahata Sitta mostraram  que eles foram produzidos sob intensa pressão, o que para os estudiosos, aumenta a possibilidade de terem se formado em um local muito abaixo da superfície desse planeta, com dimensão entre a de Mercúrio e Marte.

Descobertas recentes sobre os diamantes

Há muito tempo, os astrónomos trabalham na hipótese de que dezenas de novos planetas, desde a Lua até Marte, se formaram nos primeiros 10 milhões de anos do Sistema Solar, e foram quebrados e reembalados em colisões violentas, que acabaram por criar os planetas terrestres que orbitam o Sol atualmente.

No estudo, divulgado esta semana na revista Nature Communications , a equipe explicou que, caso as últimas descobertas fossem confirmadas, o meteorito será considerado o único remanescente conhecido de um desses planetas misteriosos. E, com isso, dará aos cientistas uma abertura para adentrarem as condições cósmicas que prevaleceram na história do Sistema Solar.

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“Simulações sugeriram que o Sistema Solar primitivo tinha dezenas desses planetas embrionários que colidiram uns com os outros para formar os corpos celestes terrestres. Estamos muito surpresos, ninguém esperava que esses cristais pudessem trazer evidências de um deles”, disse o pesquisador do Instituto Federal de Tecnologia, em Lausanne, Farhang Nabiei ao The Guardian .

Vale mencionar que o meteorito Almahata Sitta foi o primeiro a ser rastreado por telescópios enquanto se dirigia ao planeta Terra e explodia no deserto núbio, em 2008. O evento provocou uma intensiva temporada de buscas da Universidade de Cartum, que conseguiu encontrar 480 peças do fragmento de asteroides.

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As primeiras inspeções do meteorito revelaram que ele é um ureilita, composição incomum que não condiz com rochas espaciais vindas da Lua ou de Marte. Segundo os pesquisadores do laboratório suíço, o corpo original dos ureilitos, de onde possivelmente os diamantes se originaram, era um grande planeta que foi destruído por colisões há 4,5 bilhões de anos.

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