Cientistas da Universidade de Oxford testaram o fragmento de um osso que poderia ser atribuído ao Santo Nicolau – que inspirou o mito do Papai Noel – e fizeram uma descoberta surpreendente. De acordo com os experimentos de datação por radiocarbono, o pedaço do esqueleto é do século quatro, o que corresponde com a suposta data da morte do Santo, em 343 d.C, na região da Turquia.
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De acordo com a BBC , a data pode ser confirmada com precisão, porém, o teste não é capaz de confirmar a identidade do dono do osso. Além disso, a popularidade de Santo Nicolau, devido a sua relação com o Papai Noel , já foi responsável pelo surgimento de diversos possíveis fragmentos do corpo do Santo. O que deixa muitas dúvidas quanto à autenticidade dos materiais encontrados.
Para o professor Tom Higham, diretor do Centro de Estudos Avançados da Universidade Keble, é muito improvável que tantas relíquias sejam realmente do Santo. Elas costumam ser apenas invenções. “Por outro lado, esse fragmento de osso sugere que nós podemos estar olhando para os restos do Santo Nicolau”, disse.
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Novos testes
Agora os cientistas querem usar exames de DNA para catalogar quantas das relíquias espalhadas pelo mundo pertencem a uma única pessoa. Além disso, eles pretender analisar se algum dos fragmentos possui o mesmo material genético do osso da pélvis testado em Oxford.
Um dos “quebra-cabeças” mais interessante é uma coleção de possíveis restos do Santo, localizada em uma igreja em Bari, na Itália, que não conta com todos os ossos da pélvis. Com a possibilidade de encontrar as partes correspondentes, comparar o fragmento de Oxford com esta ossada é o maior interesse dos cientistas que estão liderando a pesquisa.
Para o doutor Georges Kazan, co-diretor do centro na Universidade de Keble, “é animador pensar que estas relíquias , que datam de um período tão distante, podem realmente ser genuínas”.
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O professor Higham pediu cautela ao analisar o caso. “A ciência não é capaz de definitivamente provar que o osso é [do suposto Papai Noel], ela só pode provar que ele não é”.