Nem Rússia, nem Estados Unidos. O país que acaba de bater recorde científico é a Índia, que enviou um só foguete com 104 satélites que ficarão em órbita da Terra a partir desta quarta-feira (15). Segundo as autoridades indianas, os nano-satélites pesam até 10 kg cada um.
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O lançador orbital chamado PSLV (Polar Satellite Launch Vehicle) deixou a plataforma Sriharikota, no sudeste da Índia
, às 9h20 locais (ou 1h58 no horário de Brasília), carregando um satélite indiano de observação da Terra de 714 kg. Já os nano-satélites somam pouco mais de 660 kg e pertencem a diversos países como Estados Unidos, Emirados Árabes, Israel, Holanda e Cazaquistão.
Com o acontecimento desta quarta-feira, a Índia quebra o recorde até hoje estabelecido pela Rússia, que colocou em órbita um total de 37 satélites em um único lançamento realizado em 2014. O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, fez um anúncio sobre o feito científico, afirmando considerá-lo como um “êxito excepcional”. Modi também afirmou que este “é um momento de orgulho para nossa comunidade científica espacial e para a nação”.
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A organização espacial indiana
O voo realizado nesta quarta-feira contabiliza o 38º realizado pela PSLV da Índia, além de ser o 37º seguido bem-sucedido.
A Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ou "Indian Space Research Organisation - ISRO", em inglês) é a agência espacial do governo, com sede na cidade de Bengaluru.
Formada em 1969, a ISRO substituiu o antigo Comitê Nacional Indiano de Pesquisas Espaciais (INCOSPAR), que foi criado em 1962 pelo então primeiro-ministro Jawaharlal Nehru e seu assessor próximo e cientista, Vikram Sarabhai. O estabelecimento de ISRO institucionalizou as atividades espaciais no país. Ele é gerenciado pelo Departamento Espacial, que se reporta ao premiê da Índia.