Na manhã desta quinta-feira (5), o policial militar Luan Felipe Alves Pereira, de 29 anos, foi preso após ser filmado j ogando um homem de uma ponte na Cidade Ademar, zona sul de São Paulo. Ele foi detido ao chegar para trabalhar na Corregedoria da PM, após ser removido das ruas devido à repercussão do incidente.
A prisão preventiva foi solicitada pela Corregedoria na tarde de quarta-feira (4) e avaliada pelo Tribunal de Justiça Militar. O comando da Polícia Militar iniciou essa medida para demonstrar à corporação que comportamentos violentos não serão tolerados.
O caso gerou um forte impacto nas autoridades estaduais. O comandante-geral da PM, coronel Cássio Araújo de Freitas, chamou o ato de "erro emocional" e garantiu que o policial será responsabilizado. O governador Tarcísio de Freitas e o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, também se manifestaram, condenando a ação e prometendo punições rigorosas.
O caso
O episódio ocorreu durante uma perseguição da Rocam (Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas) ao lado de um motoqueiro. Durante a abordagem, um dos policiais levantou a moto, enquanto outro se aproximou com um homem e, próximo ao muro da ponte, o jogou para fora, em direção ao córrego.
Testemunhas informaram que o homem caiu no concreto e saiu do córrego com a testa sangrando. A polícia ainda não detalhou o estado de saúde da vítima.
Aumento da violência policial
Este caso ocorre em meio ao aumento das mortes causadas por policiais militares em São Paulo. Dados oficiais indicam que, entre janeiro e setembro de 2024, houve um aumento de 82% nas mortes em comparação ao mesmo período do ano anterior. Na capital paulista, o número de mortes disparou 93%, com 193 vítimas.
O governo de Tarcísio de Freitas enfrenta críticas pela escalada da violência policial, e o episódio gerou mais pressão sobre a gestão da segurança no estado.