Pelo menos, menos sete pessoas morreram e mais de 1,4 milhão de moradores ficaram sem energia elétrica com as chuvas em São Paulo
Redes sociais
Pelo menos, menos sete pessoas morreram e mais de 1,4 milhão de moradores ficaram sem energia elétrica com as chuvas em São Paulo

O estado de  São Paulo registrou a maior ventania dos últimos 30 anos na última sexta-feira (11). De acordo com a Defesa Civil Estadual , as rajadas de vento chegaram a 107,6 km/h.

O fenômeno, acompanhado de chuvas fortes, trouxe caos ao estado de São Paulo . Pelo menos, menos sete pessoas morreram e mais de 1,4 milhão de moradores ficaram sem energia elétrica.

As rajadas de vento surpreenderam muitos paulistanos, já que a última ventania de proporções semelhantes foi registrada há menos de um ano, em novembro de 2023, quando os ventos chegaram a 103,7 km/h.

Em entrevista ao g1 , o meteorologista César Soares, da Climatempo, explicou que a tempestade foi causada por uma instabilidade muito fortes, que se formam toda vez que há choques de massas de ar distintas (quente x frio).

"Esses choques foram proporcionados por uma frente fria que estava passando pela região costeira de São Paulo e isso causou uma variação de pressão muito intensa", explica.

O Portal iG está no BlueSky, siga para acompanhar as notícias !


O meteorologista comenta que o estado de São Paulo estava com um abafamento muito intenso, desde o início da semana, e que na primavera começamos a ter uma atmosfera com muito mais energia.

"Pelo fato de termos passado por períodos de secura muito acentuada ao longo dos últimos meses, esse retorno das chuvas acaba sendo um pouco mais forte, intenso, e com instabilidades muito intensas também", enfatiza Soares.
Aumento nos eventos climáticos extremos


Conhecida como “terra da garoa”, a capital paulista tem enfrentado cada vez mais eventos climáticos extremos nos últimos anos. Segundo especialistas, o aumento das temperaturas e o aquecimento global estão contribuindo para a intensificação desses fenômenos.

""Isso tudo está associado à temperatura média da região de São Paulo, por ser uma ilha de calor, por ter um uso do solo que proporciona temperaturas mais altas e o aquecimento global. Isso faz com que a gente tenha temperaturas mais altas, uma condição de instabilidade que viria a causar só uma garoa, se desenvolve mais por conta do calor, e dá origem as tempestades", explicou Soares.


Mortes e destruição


A forte ventania provocou a queda de árvores e estruturas em diversas regiões da cidade e na Grande São Paulo. Em Diadema, na Grande São Paulo, uma pessoa morreu após ser atingida por uma árvore. Em Cotia, duas pessoas faleceram após a queda de um muro.

Na capital, um morador do bairro Campo Limpo, na Zona Sul, morreu após ser atingido por uma árvore que caiu durante o temporal.

Prejuízos e falta de energia


A Enel, empresa responsável pela distribuição de energia em São Paulo, informou que mais de 20% dos seus 8 milhões de clientes foram impactados pelos apagões causados pelo temporal. Neste sábado (12), cerca de 1,4 milhão de pessoas ainda estavam sem luz.

As equipes de emergência da Enel estão mobilizadas para restabelecer o fornecimento de energia o mais rápido possível. Porém, a previsão é de que alguns bairros e regiões afetadas só terão o serviço normalizado ao longo dos próximos dias.

Quer ficar por dentro das principais notícias do dia? Participe do  nosso canal no WhatsApp e da nossa comunidade no Facebook .

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!