Debate da TV GLOBO
Reproduçao TV Globo
Debate da TV GLOBO

O 11º debate do primeiro turno da eleição para a prefeitura de São Paulo , realizado pela TV GLOBO nesta quinta-feira (3), reuniu os cinco principais candidatos segundo as pesquisas de intenção de voto: Guilherme Boulos (PSOL), Ricardo Nunes (MDB), Pablo Marçal (PRTB), Tabata Amaral (PSB) e José Luiz Datena (PSDB). A seguir, veja os principais destaques do encontro:

Torcidas

Antes do início do debate, a atmosfera nas proximidades da TV Globo foi marcada por agitação. Apoiadores de Boulos e Marçal se concentraram em lados opostos, trocando provocações e gestos. Do lado de Marçal, bandeiras e balões infláveis dominavam a cena, enquanto bonés do 'M' eram vendidos entre R$ 25 e R$ 40. No entanto, um acordo de "não agressão" foi estabelecido entre as torcidas, facilitando a dispersão dos grupos antes do debate.

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Tom moderado e propostas

O debate foi caracterizado por um clima de moderação, com os candidatos discutindo propostas nas áreas de saúde, transporte e segurança pública. Com a proximidade do primeiro turno, havia a expectativa de que essa fosse uma oportunidade crucial para captar os votos dos indecisos. A estratégia de evitar confrontos diretos foi adotada, especialmente por Marçal, que registrou crescimento na rejeição em debates anteriores devido a sua postura agressiva.

Tensões

Apesar do tom geral de moderação, algumas provocações surgiram, especialmente entre Boulos e Marçal. O ex-coach atacou Boulos chamando-o de "comunista de iPhone" e "esquerdopata maluco", Boulos disse que Marçal acusar alguém de extremista (como havia feito em relação ao candidato do PSOL) é "o mesmo que Suzane Richthofen acusar alguém de assassinato".

Voto útil

Boulos e Tabata tiveram um embate direto em torno da questão do "voto útil". Tabata acusou Boulos de ser mutável em suas posições políticas. Ambos tentaram conquistar eleitores, com Tabata se posicionando como uma candidata forte para um possível segundo turno. Boulos expressou preocupação de que a disputa poderia se restringir a candidatos alinhados com Bolsonaro, reforçando sua imagem como uma alternativa viável.

Concordância

Um dos momentos mais curiosos ocorreu no terceiro bloco, onde Marçal dirigiu uma pergunta a Datena, e ambos optaram por deixar de lado os ataques anteriores. Datena voltou a dizer que condena extremismos, citando como exemplos os regimes de ditadores como Hitler, Mussolini, Stalin e Mao Tse Tung. Na réplica, Marçal reafirmou as palavras de Datena e chegou a agradecer ao jornalista pelas explicações.

Provocação e respostas

No último bloco, Boulos levantou um exame toxicológico em resposta a insinuações de Marçal sobre uso de drogas. Essa ação, no entanto, rendeu uma advertência do apresentador César Tralli, que lembrou a proibição de exibir documentos ao vivo.

Ironias

Durante o debate, Nunes, Marçal e Tabata invocaram referências religiosas em suas falas, visando captar o eleitorado evangélico. No segmento, o candidato do PRTB tem 31%, o prefeito, 28%, Boulos tem 15% e Tabata, 9%, segundo o Datafolha Tabata também fez uma ironia sobre o "gesso cenográfico" de Marçal, lembrando de um incidente no debate anterior que resultou em sua lesão.

Próximos passos

Com o término das propagandas eleitorais na televisão e rádio, os candidatos agora se preparam para intensificar suas campanhas nas ruas. Boulos tem uma caminhada programada com Lula, buscando atrair votos petistas, enquanto Nunes e Marçal organizam agendas em áreas estratégicas da cidade. A expectativa é que cada um consiga angariar apoio e consolidar suas posições nas últimas semanas de campanha.

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