Logo do Colégio Bandeirantes, que fica na zona sul de São Paulo
Reprodução/WIKICOMMONS
Logo do Colégio Bandeirantes, que fica na zona sul de São Paulo

Os pais do estudante de 14 anos do colégio Bandeirantes, que se suicidou no dia 12 de agosto, entraram com um pedido de ação antecipada de provas. Eles solicitam o acesso às imagens do circuito interno da escola. A ação foi protocolada nesta terça-feira (3) na 12ª Vara Cível de São Paulo.

A direção do colégio Bandeirantes declarou ao UOL que não tinha conhecimento de que o estudante sofria bullying.

Os advogados dos pais querem que essas imagens façam parte das provas para mostrar que o estudante sofria bullying na escola. Segundo Hédio Silva Jr. e Anivaldo dos Anjos Filho, os advogados responsáveis, a análise da "expressão corporal" do adolescente poderá revelar se ele era alvo de perseguição sistemática, racismo e homofobia.

Essas provas serão usadas para sustentar uma ação de indenização por danos materiais e morais contra a escola e a ONG Ismart (Instituto Social para Motivar e Reconhecer Talentos). A Ismart é responsável por intermediar bolsas para estudantes de famílias de baixa renda em escolas particulares.

Os advogados também solicitarão indenizações por danos materiais relacionados à morte e por danos morais devido à forma como a direção do colégio, segundo a família, lidou com a tragédia. A família alega que a direção da escola não entrou em contato com eles após a morte.

Em entrevista ao UOL no dia 23 de agosto, Estela Zanini, diretora de convivência do Bandeirantes, afirmou que a escola enviou um e-mail e uma mensagem de WhatsApp para os familiares, mas não obteve resposta.

Além disso, a família busca indenização devido a comentários de Mauro Salles Aguiar, ex-diretor do colégio, feitos em uma sessão do Conselho Estadual de Educação de São Paulo após o suicídio. Aguiar disse que os bolsistas do Ismart estavam "agressivos" em uma reunião para discutir o caso.

Procure ajuda

Caso você tenha pensamentos suicidas, procure ajuda especializada como o CVV e os Caps (Centros de Atenção Psicossocial) da sua cidade. O CVV funciona 24 horas por dia (inclusive aos feriados) pelo telefone 188, e também atende por email, chat e pessoalmente. São mais de 120 postos de atendimento em todo o Brasil.

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