O valor das passagens para os trens e metrôs de São Paulo vai subir para R$ 5,00 a partir de janeiro de 2024. O aumento será de R$ 0,60. Há três anos, a tarifa é R$ 4,40. Na capital, as passagens de ônibus não sofrerão reajuste.
Em novembro, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), já havia indicado um aumento no valor das tarifas.
"A tarifa está congelada há muito tempo e a gente tem que começar a fazer conta. Ou eu repasso alguma coisa pra tarifa, ou a gente permanece com ela congelada e eu aumento o subsídio. Quanto mais tempo a tarifa ficar congelada, mais subsídio a gente vai ter", disse Tarcísio.
"Quando entra mais subsídio, vou ter que tirar de algum lugar. O orçamento é finito. Vou ter que tirar de alguma política pública. Vou ter que colocar na balança qual é a política pública que vai pesar mais. Porque não tem almoço de graça", alegou o governador.
Transportes municipais
A decisão de Tarcísio vai na contramão do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que busca pela reeleição em 2024 e disse que não pretendia aumentar as tarifas dos transportes.
Nesta semana, Nunes anunciou que os ônibus municipais terão tarifa zero aos domingos , no Natal, no Ano Novo e no aniversário da cidade de São Paulo, comemorado em 25 de janeiro.
Os ônibus municipais da cidade de São Paulo irão rodar com tarifa zero partir do próximo dia 17.
Com a repercussão da notícia do aumento das tarifas nesta quinta-feira, os representantes da área de transportes da Prefeitura de São Paulo e do Governo Estadual se reuniram e decidiram manter a tarifa do ônibus no valor de R$ 4,40 na capital .
" Após reunião conjunta na manhã desta quinta-feira entre representantes da área de transportes da Prefeitura de São Paulo e do Governo Estadual, a administração municipal informa que não fará correção na tarifa dos ônibus, que será mantida em R$ 4,40.
A Prefeitura ressalta que não há qualquer impedimento técnico na gestão de tarifas distintas entre os serviços de ônibus, metrô e trens, como já ocorrera em anos anteriores. A atual gestão mantém o empenho em incentivar o transporte coletivo, responsável pela locomoção de 7 milhões de passageiros por dia, e que não sofreu reajuste nos últimos três anos ", disse a Prefeitura de São Paulo através de nota.