A votação do projeto de privatização da Sabesp deve começar na próxima segunda-feira (4), de acordo com o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), André do Prado (PL).
O projeto foi pauta na sessão da câmara estadual de hoje (28), mas recebeu duas emendas no texto da proposta das bancadas do Psol e PT, por isso, o projeto volta para as comissões, o que deve ser uma formalidade, uma vez que o texto tramita em regime de urgência, o que impossibilita uma análise detalhada das mudanças.
Prado disse na sessão extraordinária de hoje que o tema começará a ser discutido na segunda direto no plenário. A expectativa da base é que ela se estenda até quarta-feira (6).
Deputados da oposição querem tentar prorrogar a votação para a semana do dia 11 de dezembro. Eles afirmam que a base do governo vai assinar um "cheque em branco". "O projeto tem várias lacunas que não conseguiram resolver", disse o deputado estadual Paulo Fiorilo (PT), líder da bancada do PT na Alesp.
Apesar das tentativas, a proposta de privatização da Sabesp aparenta ter apoio da maioria dos deputados estaduais, já que a expectativa é que o texto obtenha os 48 votos necessários para aprovação.
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) se movimentou para articular nos bastidores a maioria dos votos. Ele liberou emendas e coordenou um processo de aproximação com deputados estaduais. Isso fez com que a proposta, antes rejeitada, passasse a ser vista positivamente dentro da Alesp.
Atos contra a privatização
Além da paralisação do transporte público de trens e metrôs desta terça-feira (28), metroviários, ferroviários e servidores da Sabesp se organizaram do lado de fora da Alesp, para protestar contra o projeto. As categorias contaram com o apoio da Apeoesp, que também esteve presente.