Assembleia da CPTM
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Assembleia da CPTM

A capital paulista deve enfrentar um dia caótico nesta terça-feira (3), tendo em vista que os funcionários do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) farão uma  paralisação de 24 horas na data.  A Justiça concedeu liminar ao governo paulista para que a operação das linhas seja mantida, mas os manifestantes prometem recorrer.

Na última paralisação, em 23 de março, a capital registrou mais de 700 km de congestionamento. Naquele dia, a Prefeitura da capital reforçou a frota de 13 linhas de ônibus que cruzam a cidade. 

Amanhã, não devem funcionar as cinco linhas operadas pela empresa. São elas: 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade .

As linhas do metrô 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata  também devem paralisar atividades, segundo o sindicato

Já as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda seguirão operando na terça-feira, pois são administradas pela iniciativa privada

A paralisação será de 24 horas, ou seja, durará todo o dia 3, mas deve normalizar no dia seguinte a partir das 4 horas da manhã.

Nesta segunda-feira (2), haverá uma nova assembleia para organizar a paralisação programada e deliberar sobre novos atos contra a privatização das linhas do metrô. 

”Os trabalhadores estão dando um basta nesse processo pernicioso que é a privatização do transporte público metroferroviário em São Paulo! Basta: a população está sofrendo com a queda na qualidade dos serviços prestados nas linhas concedidas“, informa o sindicato dos ferroviários de SP.

"Transporte e saneamento não podem ser colocados nas mãos de quem só valoriza o dinheiro em detrimento da qualidade! Vamos à greve contra as privatizações, para evitar a precariedade desses serviços! Vem pra luta!", completa.

Além dos funcionários da CPTM, trabalhadores da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e estudantes da US (Universidade de São Paulo) prometem fazer um "grande ato" na capital amanhã. 

Justiça se posiciona contra a greve

A juíza Raquel Gabbai de Oliveira, do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), determinou nesta quinta-feira (28) que a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) opere com efetivo total durante os horários de pico, das 4h às 10h e das 16h às 21h.

A decisão também ordena que a companhia opere com pelo menos 80% de seus funcionários nos demais horários do dia, no dia 3 de outubro. 

A determinação abrange todos os colaboradores envolvidos nos serviços de operação de trens da CPTM, incluindo maquinistas, pessoal das estações, segurança, manutenção e operação. Além disso, a proposta de liberação das catracas nas estações de trem, que havia sido defendida pelo sindicato dos ferroviários, foi recusada pela Justiça. Em caso de descumprimento da decisão, está estabelecida uma multa diária no valor de R$ 500 mil.

Na sexta-feira (29), o TRT-2 concedeu liminar ao governo de São Paulo determinando que os metroviários mantenham 100% da operação nos horários de pico.

Os sindicatos prometem recorrer das decisões. 


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