O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, esteve presente no evento de lançamento da candidatura de Boulos (PSOL) à prefeitura de São Paulo, em 2024
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, esteve presente no evento de lançamento da candidatura de Boulos (PSOL) à prefeitura de São Paulo, em 2024

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a extrema direita ainda não foi derrotada no país. A declaração ocorreu durante o lançamento da candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) à prefeitura de São Paulo para o pleito de 2024.

O evento foi realizado neste sábado (5), na capital paulista e, além de Haddad,  Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, partido que está apoiando a canditatura de Boulos, também esteve presente.


"Sete anos de retrocesso, sete anos de salário mínimo congelado [...] Agora em 2024 nós estamos exatamente nessa mesma chave ainda histórica. Nós ainda não viramos a página da extrema direita. Vamos resolver esse problema no Brasil que dividiu a sociedade da pior maneira possível, porque não foi uma divisão em torno de ideais. Foi uma divisão da própria nacionalidade, uma ruptura do Estado de direito, foi a separação das famílias."

"Queria resgatar aqui o que aconteceu em 2022 e a importância da maturidade que todos nós tivemos em compreender aquele momento histórico, compreender a máquina do Estado contra os trabalhadores atuando naquela eleição", continuou Haddad em seu discurso se referindo ao pleito que elegeu Lula pela terceira vez como presidente do país.

"O Bolsonaro investiu dinheiro do orçamento federal, que era para ser investido nos programas governamentais. Ele investiu R$ 300 bilhões em 2022 para reverter um quadro eleitoral que era desfavorável. E nem com esse valor ele conseguiu vencer o Lula", afirmou o ministro, que ainda destacou a aliança do PT e do PSOL, agora, na candidatura de Boulos à prefeitura da capital paulista.

"Aliança não é traição, quando ela é feita programaticamente, sem abrir mão de princípios, sem abrir mão de valores, sem abrir mão dos sonhos que nos levaram para a política, ela pode se fazer necessária para impedir novos retrocessos."

Evento de lançamento da candidatura de Guilherme Boulos à Prefeitura de São Paulo no pleito de 2024. Fernando Haddad, ministro da Fazenda, Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, partido que está apoiando a candidatura de Boulos, estiveram presentes
João Vitor Revedilho
Evento de lançamento da candidatura de Guilherme Boulos à Prefeitura de São Paulo no pleito de 2024. Fernando Haddad, ministro da Fazenda, Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, partido que está apoiando a candidatura de Boulos, estiveram presentes



O nome de Boulos já era cotado desde as eleições de 2022, quando ele pleiteou a candidatura ao governo de Estado de Sao Paulo, mas desistiu após uma negociação em prol da candidatura de Fernando Haddad (PT).

O apoio petista a Boulos é uma tentativa de fazer frente ao núcleo bolsonarista que tende a apoiar o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) na disputa do ano que vem. O partido aposta na imagem que Boulos construiu nas eleições 2020, quando chegou ao segundo turno contra Bruno Covas (PSDB), e perdeu por uma diferença de 1 milhão de votos.


Clã Tatto resistente

Jilmar Tatto foi candidato à prefeitura de São Paulo pelo PT em 2020
Divulgação
Jilmar Tatto foi candidato à prefeitura de São Paulo pelo PT em 2020


A cúpula formada pelos irmãos Tatto ficou insatisfeita com o apoio do partido a Guilherme Boulos. Para eles, o PT ficará enfraquecido se não lançar um candidato próprio.

A expectativa era que a legenda indicasse um dos irmãos para a disputa pela prefeitura. Nos bastidores, a ideia seria lançar Jilmar Tatto, que disputou o cargo em 2020. Entretanto, a campanha petista foi aquém do esperado e ficou apenas na sexta colocação.

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